metropoles.com

PF faz operação contra venda ilegal de carnes no DF e em seis estados

Fiscais do Ministério da Agricultura estariam recebendo para liberar licenças e afrouxar fiscalização em empresas como a BRF Brasil e JBS

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
Policia Federal
1 de 1 Policia Federal - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (17/3) a operação Carne Fraca. A Polícia Federal cumpre 311 mandados no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás. A operação, batizada de Carne Fraca, tem como alvo o pagamento de propina a servidores públicos por alguns dos maiores frigoríficos do país. Entre eles, a BRF Brasil (que controla marcas como Sadia e Perdigão) e a JBS — que detém Friboi, Seara, Swift e cujos executivos foram presos nesta manhã.

Segundo as investigações, fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) estariam envolvidos em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular das empresas. Em troca, receberiam propina. Certificados sanitários teriam sido emitidos para alimentos que não passaram por qualquer tipo de inspeção, colocando a saúde dos consumidores em risco.

Segundo a polícia, a Carne Fraca é a maior operação já realizada pela corporação no país. Mais de 1,1 mil agentes estão nas ruas. O esquema seria liderado por fiscais agropecuários federais e empresários do agronegócio.

De acordo com as investigações, as superintendências regionais do Ministério da Pesca e Agricultura do Paraná, Minas Gerais e Goiás “atuavam diretamente para proteger grupos empresariais em detrimento do interesse público”.

Entre as ilegalidades praticadas está a remoção de agentes públicos com desvio de finalidade para atender a interesses dos grupos empresariais. A conduta permitia a continuidade delitiva de frigoríficos e empresas do ramo alimentício que operavam em total desrespeito à legislação vigente.

“Os agentes públicos, utilizando-se do poder fiscalizatório do cargo, mediante pagamento de propina, atuavam para facilitar a produção de alimentos adulterados, emitindo certificados sanitários sem qualquer fiscalização efetiva”, diz nota da PF.

A PF cumpre 26 mandados de prisão preventiva, 11 de temporária, 195 de busca e apreensão e 79 conduções coercitivas, quando a pessoa é levada para prestar depoimento. A Justiça determinou ainda o bloqueio de R$ 1 bilhão de todos os investigados no caso.

As investigações apontaram, também, que os servidores chegavam a receber até o poder de indicar quem exerceria a fiscalização nas empresas. (Com informações da Agência Estado)

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?