Rollemberg pede apoio da CGU para continuidade de Corumbá IV
Obra realizada em conjunto por DF e GO está com o lado goiano parado desde o ano passado, por suspeita de irregularidades
atualizado
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O governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), e o vice de Goiás, José Eliton, se reuniram nesta quarta-feira (11/1) com o ministro da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, Torquato Lorena Jardim, para discutir soluções que permitam a continuidade das obras do sistema Corumbá IV.
A construção, que deve beneficiar 1,3 milhão de pessoas, é feita em parceria entre a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e a Saneamento de Goiás (Saneago). Desde o fim do ano passado, no entanto, a parte do empreendimento comandada pelo governo de Goiás está parada por conta da suspensão no repasse de verbas do governo federal.
A interrupção na transferência de recursos é fruto de um relatório do Ministério da Transparência, que indicou irregularidades em licitações da obra. A construção também é um dos alvos da Operação Decantação, do Ministério Público Federal, que investiga desvio de dinheiro na Saneamento de Goiás S.A (Saneago), empresa responsável pelo empreendimento.“Fomos pedir o apoio da Controladoria junto ao MPF para que as obras da elevatória de Corumbá [que bombeará a água], de responsabilidade de Goiás, possam ser retomadas em função da necessidade dessa obra para o abastecimento em Brasília e na região do Entorno Sul”, afirmou Rollemberg após a reunião.
De acordo com o presidente da Caesb, Maurício Luduvice, as obras no DF avançam normalmente. “Nossa expectativa é entrar em operação no segundo semestre do ano que vem.” De acordo com a estatal, do que compete à área distrital, estão finalizadas 70% das obras na estação de tratamento e 68% da adutora.
O presidente da Saneago, José Carlos Siqueira, também participou da reunião. No último balanço da empresa, as obras da estação de captação estavam em 60%, e as da adutora, em 90%.
O empreendimento, que teve início em 2008, têm como objetivo auxiliar no fornecimento de água nas cidades de Gama e Santa Maria, no DF; e Valparaíso, Novo Gama e Luziânia, no Entorno. A construção custa R$ 275 milhões aos cofres do GDF e conta com financiamento da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. (Com informações da Agência Brasília)