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O ano dos protestos: 2016 teve 151 manifestações na Esplanada

Brasília foi palco de 151 protestos ao longo de 2016 devido às turbulências na política. Relembre os atos que acabaram em confusão

atualizado

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Manifestação
1 de 1 Manifestação - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Impeachment de Dilma Rousseff, ascensão de Michel Temer ao Palácio do Planalto, desdobramentos da Operação Lava Jato, políticos presos — como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) —, crise econômica, desemprego, medidas impopulares na educação, na saúde, nas leis trabalhistas e na previdência. As futuras gerações vão ter muito trabalho nas aulas de história quando forem estudar 2016.

As turbulências políticas deste ano tiveram o efeito de combustível na insatisfação popular, canalizada por meio de uma série de protestos na capital federal. Foram 151, segundo balanço da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP-DF).

Apesar do número expressivo, a pasta assegura que apenas dois terminaram em conflito. Justamente os dois últimos, feitos entre o fim de novembro e o início de dezembro, que descambaram para o vandalismo.

Relembre, em imagens, os principais atos de 2016

13 de março – Mobilização anti-Dilma
Esplanada dos Ministérios foi tomada por 100 mil pessoas em protesto contra o governo Dilma Rousseff. Elas se vestiram de verde e amarelo e ficaram concentradas em frente ao Museu Nacional. Depois, seguiram em caminhada até a Praça dos Três Poderes. Entre as faixas e gritos entoados, apoio ao juiz Sérgio Moro e críticas à petista.

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Esplanada dos Ministérios sempre foi o palco de grandes manifestações

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17 de abril – MST x Ruralistas
O Movimento dos Trabalhadoree Rurais Sem Terra (MST) e a Confederação Nacional de Agricultura mediram forças na Esplanada dos Ministérios durante as manifestações de 17 de abril. Em campos opostos no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, os grupos foram responsáveis por mobilizar a maior parte dos manifestantes que ocuparam as duas vias de acesso ao Congresso Nacional.Rafaela Felicciano/Metrópoles

 

10 de junho – Temer entra na roda
Cerca de 1,5 mil manifestantes se reuniram na Esplanada dos Ministérios, ao lado da Biblioteca Nacional, num protesto cobrando a saída de Michel Temer — que havia assumido a Presidência da República interinamente enquanto o Senado se preparava para julgar Dilma Rousseff. Representantes do MST e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) participaram do ato.

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31 de julho – Que rei sou eu?
Dois protestos reuniram cerca de 3 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios num ato pró-impeachment, havia um grupo a favor do retorno da monarquia como forma de governo. Carros de som, bonecos gigantes, faixas e gritos de ordem ditaram o ritmo das manifestações.

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31 de agosto – O Portão de Rollemburgo
Nos dias que antecederam a votação do impeachment no Senado, um muro foi erguido na Esplanada para dividir manifestantes pró e contra o governo. A intervenção ficou conhecida como o “Portão de Rollemburgo”, um trocadilho com o monumento alemão Portão de Brandemburgo e o nome do governador Rodrigo Rollemberg (PSB).

A medida foi adotada visando a garantir a segurança dos participantes dos vários atos que ocorreram durante o processo que culminou com o afastamento definitivo de Dilma Rousseff da Presidência da República.

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29 de novembro – Quebra-pau em frente ao Congresso
Cerca de 10 mil manifestantes se reuniram na Esplanada dos Ministérios para protestar contra a PEC 55, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos. A medida estava em votação na Câmara dos Deputados. O que começou de forma pacífica, terminou em muita confusão. Monumentos foram pichados, carros incendiados, ministérios, como o da educação, também foram alvo de depredação por parte de alguns manifestantes, além de placas, paradas de ônibus, pardais. O local virou um verdadeiro palco de guerra.

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13 de dezembro – Vandalismo se espalhou no centro de Brasília
Outra vez, a Esplanada dos Ministérios viveu momentos de tensão devido à PEC do Teto dos Gastos. A Polícia Militar fez um cordão de isolamento em frente à Catedral e os manifestantes se concentraram ao lado do Museu da República. Por volta das 17h, eles desceram em direção à PM e teve início o confronto. Spray de pimenta, cacetetes e bombas de efeito moral foram utilizados pela polícia para tentar dispersar os manifestantes, que reagiram com paus, pedras e bombas.

O conflito chegou próximo da Rodoviária do Plano Piloto, quando um grupo seguiu para o Setor Bancário Sul e outro para o Setor de Rádio e TV Norte. A partir daí, os manifestantes se dispersaram, mas o rastro de destruição foi novamente deixado. Monumentos pichados, pontos de ônibus quebrados, placas destruídas, um ônibus incendiado, agências bancárias e uma concessionária de veículos depredadas foram alguns dos estragos provocados no último ato de um tumultuado 2016.

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