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Monumentos do descaso. Prédios abandonados se tornaram focos de problemas de segurança e saúde pública

O Metrópoles resgatou a história – e os problemas atuais – de espaços esquecidos da cidade, como mesquita, museu, hospital e clube. A maioria não tem perspectiva de ser ocupado novamente

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Mesquita abandonada
1 de 1 Mesquita abandonada - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A capital contabiliza pouco mais de meio século. Seus monumentos, suas largas avenidas e o desenho do Plano Piloto chamaram a atenção do mundo inteiro – sendo, até hoje, referência em arquitetura e urbanismo. Porém, ao passo que as belezas peculiares de Brasília emocionam turistas, o lado feio da cidade cresce junto. A paisagem ganhou, ao longo dos anos, prédios abandonados.

São escombros de projetos que não vingaram ou deixaram de ser mantidos e cuidados e se tornaram o retrato do descaso do poder público e das empresas privadas. O Metrópoles selecionou 10 locais abandonados que provam o tamanho do problema. Uns fazem parte da memória dos brasilienses, outros sequer tiveram uma inauguração. Alguns têm projetos de restauração, mas a grande maioria deve permanecer do mesmo jeito. Os riscos variam. Mas, em tempos de proliferação de mosquitos, a ameaça para a saúde pública se faz real. São também fragilidade para a segurança, já que usuários de drogas tomaram conta de muitos espaços. 

 

Academia de Tênis

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Restaurantes estrelados, quatro piscinas, 10 salas de cinema, 21 quadras de tênis e um hotel com 200 quartos e chalés que receberam muitas autoridades no passado. Tudo isso era oferecido pela Academia de Tênis, no Setor de Clubes Esportivos Sul (SCES).

Em 2010, o prenúncio da queda: o cinema, muito querido pelos amantes de filmes fora de circuito comercial, foi destruído por um incêndio. Daí, uma série de irregularidades vieram à tona, descobertas pelo Corpo de Bombeiros do DF de forma que, no ano seguinte, toda a Academia já estava com as portas fechadas.

Os problemas começaram em 2005, quando José Farani, proprietário do local, foi condenado pelo Tribunal Regional Federal a pagar uma dívida que girava em torno de R$ 100 milhões. Entre disputas judiciais, escândalos e acusações de fraudes, Farani adoeceu e morreu três anos depois.

Os herdeiros venderam o espaço para a Attos Empreendimentos Imobiliários. A empresa mantém o local inativo até hoje e não revelou nenhum projeto futuro para a área de lazer.

Biblioteca Demonstrativa

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A licitação para o projeto de recuperação do espaço está parada no MinC
O acervo do local permaneceu no prédio com infiltrações por muito tempo
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A licitação para o projeto de recuperação do espaço está parada no MinC

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O acervo do local permaneceu no prédio com infiltrações por muito tempo

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Sem nenhum aviso aos frequentadores do espaço, a Biblioteca Demonstrativa lacrou seus portões em maio de 2014. Até então, era administrada pela Fundação Biblioteca Nacional. Porém, com o aparecimento de problemas na rede de água e na parte elétrica da estrutura do prédio, foi cedida para a Diretoria de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Ministério da Cultura.

Em agosto de 2014, o prédio foi coberto de tapumes indicando o início de reformas estruturais. A promessa era de que, até junho de 2015, o local fosse reaberto ao público. O tempo passou e os tapumes foram retirados, mas a biblioteca não voltou a funcionar.

Desde junho do ano passado, o Ministério da Cultura afirma que está em processo de “contratação de serviços especializados em vistorias e elaboração de relatórios técnicos a fim de verificar a execução do objeto do contrato emergencial”.

Clube Primavera

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Integrantes do MRP moraram temporariamente no Clube Primavera

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Integrantes do MRP moraram temporariamente no Clube Primavera

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Integrantes do MRP moraram temporariamente no Clube Primavera

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Integrantes do MRP moraram temporariamente no Clube Primavera

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Integrantes do MRP moraram temporariamente no Clube Primavera

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Integrantes do MRP moraram temporariamente no Clube Primavera

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Na QSC 13 de Taguatinga, encontram-se os restos de um dos clubes mais famosos da capital nos anos 1980. Inaugurada em 1972, a infraestrutura contava com três piscinas, salão de jogos e quadras esportivas. Era um dos pontos de encontro preferidos dos brasilienses.

Em 2004, os proprietários fecharam as portas do clube após serem acionados na Justiça por não cumprirem obrigações trabalhistas. Por conta do imbróglio judicial, o terreno foi parar nas mãos da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap).

O clube voltou a ganhar destaque no ano passado, quando se tornou moradia temporária do Movimento Resistência Popular (MRP) em setembro. Após um mês no local, eles foram retirados pela Polícia Militar e se deslocaram para o Hotel Torre Palace.

As instalações do Primavera estão bastante depredadas e a piscina principal, que antes fez a alegria de tantos banhistas, está completamente suja. O local parece completamente abandonado. Mas o vigilante e os cachorros que fazem a segurança do lugar estão lá para desmentir a frase.

Por questão de segurança, a Administração Regional de Taguatinga iniciou a construção de um muro entre o clube e as quadras vizinhas. A barreira terá, ao todo, 33 metros de comprimento, um de altura e um metro de alambrado. O órgão, em parceria com Serviço de Limpeza Urbana (SLU), também se responsabilizou por fazer a limpeza da área interna e externa do clube logo no início de fevereiro.

Atualmente, a Terracap realiza estudos para criar um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD). O diagnóstico deve ficar pronto até março, mas não há data prevista para que qualquer projeto de restauração saia do papel.

Escola Superior de Guerra (Ruínas da UnB)

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Croqui de Sérgio Bernardes para a futura ESG
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Croqui de Sérgio Bernardes para a futura ESG

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Localizada entre o Iate Clube de Brasília e o Centro Olímpico da Universidade de Brasília (UnB), a Escola Superior de Guerra (ESG), carinhosamente apelidada de “ruínas da UnB”, é hoje um gigantesco monumento esquecido.

Em 1973, o até então presidente Emílio Garrastazu Médici permitiu a transferência da ESG, instituição responsável pelo planejamento estratégico da defesa e da segurança do país, para a nova capital. O projeto ficou por conta de Sérgio Bernardes, arquiteto conhecido por construir o mastro da bandeira localizada na Praça dos Três Poderes e o antigo Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

À beira do Lago Paranoá, o prédio da ESG teria três pontas, três pavimentos, 140m de extensão e 20m de largura nas extremidades do triângulo. Na área interna, haveria cinco auditórios e diversos ambientes voltados para receber a administração e o corpo acadêmico da instituição.

Porém, um ano depois, o general Ernesto Geisel assumiu a presidência e ordenou a interrupção da obra. De acordo com a imprensa à época, o “milagre econômico” havia chegado ao fim e o dinheiro para obras monumentais como essa, acabado. A partir daí, a carcaça já construída do edifício foi abandonada.

A família de Bernardes garante que há motivos além do financeiro. Para eles, o governo federal receava manter uma instituição de ensino militar tão próxima da UnB, conhecida pelo posicionamento contrário à ditadura brasileira em vigor naquele momento. Todos os projetos do arquiteto encomendados pelo governo foram cancelados – levando o escritório de Bernardes à falência.

De acordo com a Terracap, em 2006, por meio de decreto nº 27.472, foi criado o Parque de Uso Múltiplo da Enseada, onde estão localizadas as ruínas. A área foi destinada para o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que realiza a gestão de parques em Brasília. Porém, o órgão não possui atualmente nenhum projeto de recuperação do espaço.

Hoje, o mato tomou conta das instalações e o local se tornou ponto de despejo de lixo. É possível encontrar até mesmo uma grande quantidade de pneus vazios, potenciais focos para reprodução de mosquitos como Aedes Aegypti, que transmitem doenças como dengue e zika.

Estação de Trem Bernardo Sayão

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Em 1968, durante o aniversário de oito anos da capital, a estação de trem Bernardo Sayão foi inaugurada com toda pompa e circunstância, ao som de “A Banda” de Chico Buarque e com direito a fogos de artifício.

Localizada entre o Núcleo do Bandeirante e o Park Way, a estação recebia passageiros que vinham do Rio de Janeiro e de São Paulo em viagens que duravam cerca de 15 horas. Em seu auge, cerca de 10 trens com capacidade para 500 pessoas passavam usavam a plataforma.

Paredes pichadas e bancos quebrados atestam que esses tempos de glória ficaram para trás. O último transporte de passageiros aconteceu em 1994 e, desde então, a estação encontra-se inativa. Os cômodos do edifício que antes abrigavam lojas, bilheterias e salas comerciais foram transformados em residências para os ex-funcionários do local.

Uma placa informa que o patrimônio pertence ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Porém, hoje o local está nas mãos da  Secretaria de Patrimônio da União (SPU).

Hospital São Braz

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Vidraças quebradas denunciam o abandono do prédio
Espaço também foi alvo de pichações e depredação
Local recebe moradores em situação de rua e usuários de drogas
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Hospital São Braz foi fechado após decisão judicial em 2011

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Vidraças quebradas denunciam o abandono do prédio

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Espaço também foi alvo de pichações e depredação

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Local recebe moradores em situação de rua e usuários de drogas

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Janelas foram arrancadas

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Tapumes cercam parte do espaço, mas ainda existem muitas áreas abertas

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Prédio do antigo hospital fica na 713 Sul, próximo a escolas e faculdades

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Janelas destruídas e pichações chamam a atenção de quem passa pela 713 Sul, onde está o antigo Hospital São Braz. Fechado por determinação judicial em 2011, o local não possui tapumes ou barreiras em suas entradas laterais (só no portão principal), permitindo a entrada de qualquer pessoa. Não por acaso, já foi transformado em abrigo para moradores de rua e usuários de drogas.

O abandono do edifício preocupa pais e alunos do Centro de Ensino Fundamental Polivalente, situado em frente ao que um dia foi unidade de saúde. Porém, como se trata de uma área particular, a Polícia Militar não tem permissão para fiscalizar o interior das instalações, salvo em casos de flagrante.

O Administrador do Plano Piloto, Marcos Pacco, visitou o prédio no dia 10 de dezembro e enviou ofício à Vigilância Ambiental, solicitando ao órgão que fosse realizada uma ação de combate aos possíveis focos de dengue.

A empresa São Braz Organização hospitalar não prevê nenhum projeto futuro para o local.

Hotel Torre Palace

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Um dos luxuosos quartos do hotel
Hotel Torre Palace foi fundado em 1973
O Torre Palace foi fechado em maio de 2013
Abandonado, o edifício mancha a paisagem no coração da capital
Prédio fica no Setor Hoteleiro Norte, uma das áreas mais nobres da cidade
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O hotel em seus últimos anos de atividade

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Um dos luxuosos quartos do hotel

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Hotel Torre Palace foi fundado em 1973

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O Torre Palace foi fechado em maio de 2013

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Abandonado, o edifício mancha a paisagem no coração da capital

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Prédio fica no Setor Hoteleiro Norte, uma das áreas mais nobres da cidade

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O Palace foi alvo de pichações e depredação

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Espaço foi desocupado em 2016

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Espaço foi desocupado em 2016

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Local passou a servir de abrigo para moradores em situação de rua e usuários de drogas

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Inaugurado em 1973 pelo libanês Jibran El-Hadj, o Hotel Torre Palace foi o primeiro a ser construído no Setor Hoteleiro Norte e rapidamente se tornou em um dos preferidos pelos turistas na capital. Além da boa localização e dos quartos de luxo, o restaurante no último andar do edifício tinha um painel de Athos Bulcão e uma vista de tirar fôlego da Torre de TV e da Esplanada dos Ministérios.

Em 2000, o proprietário morreu, fazendo com que a gestão do hotel fosse entregue aos herdeiros. Em maio de 2013, o Torre Palace fechou as portas para os turistas. No ano seguinte, a Brookfield Incorporações tentou comprar o edifício, cujo terreno foi avaliado em mais de R$ 40 milhões. Porém, um desentendimento familiar impediu a conclusão do negócio.

Aquele que foi um dos endereços mais nobres da capital se encontra atualmente ocupado por usuários de drogas, moradores de rua e integrantes do MRP. Houve uma tentativa de reintegração de posse, mas o pedido foi suspenso pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) devido à falta de informações dos proprietários.

Assim, tráfico de drogas e assaltos se tornaram constantes por lá e começam a afastar turistas e pedestres. A Polícia Militar mantém uma patrulha rondando o prédio 24 horas por dia, porém isso não impede que o clima de insegurança tome conta da região. O vice-governador do DF, Renato Santana, irá propor ao TJDFT, nesta segunda-feira (1/2), a implosão do edifício. Seria o ponto final da trágica história do hotel, que era palácio e virou abrigo.

Mesquita

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Pelo Google Maps é possível visualizar a mesquita antiga (à direita) e a atual (à esquerda), que se encontra em funcionamento

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A inauguração do templo islâmico se deu junto ao nascimento da cidade. As embaixadas vieram para a capital e seus representantes precisavam de um espaço para professar sua religião.

Localizado na 912 Norte, o prédio de planta baixa continha ambientes destinados às orações, cozinhas, salas de aula e espaço para reuniões. Porém, em 1980, um incêndio atingiu todo o edifício, que teve de ser evacuado e, logo em seguida, abandonado.

Para compensar a perda, a Embaixada da Arábia Saudita construiu uma nova mesquita de proporções bem maiores no terreno da frente. Esta segue em funcionamento até hoje.

Bastante danificado, o templo se encontra de pé e ainda exibe as marcas do incêndio. Porém, o que antes era um local de fé se tornou em reduto para moradores de ruas e usuários de drogas. As paredes se encontram cheias de rabiscos e as cercas, feitas para impedir a entrada de qualquer estranho, estão esburacadas. Ratos e poças de água parada podem ser vistos nas imediações.

A Polícia Militar confirma as constantes reclamações dos moradores por conta da situação do local, mas garante que só pode agir em caso de flagrante, visto que a área é privada.

A reportagem entrou em contato com a Embaixada da Arábia Saudita, proprietária do terreno em que se encontra a mesquita abandonada, mas o órgão não confirmou a existência de projeto para recuperação do prédio.

Museu de Arte de Brasília (MAB)

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Museu de Arte de Brasília (MAB) nos anos 1960.
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Museu de Arte de Brasília (MAB) nos anos 1960.

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Os problemas do Museu de Arte de Brasília (MAB) parecem nunca ter fim. Inaugurado em 1985, ele nasceu para receber obras de arte contemporânea feitas por artistas de todo país. Em seu acervo de 1,3 mil peças, estimadas em US$ 8 milhões, há trabalhos de Arcangelo Ianelli, João Câmara e Lygia Pape. Em vez de referência nas artes, o prédio se tornou mais uma marca do descaso. Entre 1999 e 2001, o espaço manteve as portas fechadas por causa do mau estado de conservação. Reaberto sem nenhuma melhoria estrutural, fechou novamente após seis anos.

Em dois anos, o acervo já avariado foi transferido para o Museu Nacional. Daí começaram as promessas que se revelaram verdadeiro jogo de empurra. Ele seria reinaugurado em setembro de 2013. Depois, em maio de 2014. E até hoje nada foi feito.

Em setembro de 2015, foi determinado que o MAB receberia R$ 3,2 milhões para recuperar o espaço e se adequar às regras de conservação do Conselho Internacional de Museus (Icom). A abertura do espaço ocorreria então ao longo deste ano.

Porém, uma revisão no projeto modificou novamente o cronograma. De acordo com a Secretaria de Cultura do DF, o plano atual não atende à complexidade da estrutura interna do museu, o que o torna mais caro que o esperado. Por isso, será realizada uma nova licitação até maio e, desde que mais nada surja pelo caminho, o MAB poderá ser entregue à população em julho de 2017.

Piscina de Ondas

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Pelo local, cerca de 10 mil pessoas se alternavam durante o fim de semana em Brasília
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O cartão-postal vive na memória afetiva de moradores do DF da década de 1980, principalmente

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Pelo local, cerca de 10 mil pessoas se alternavam durante o fim de semana em Brasília

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O início da reforma foi pelos vestiários

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E com a troca de azulejos e instalações elétricas e hidráulicas

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Parte da memória dos brasilienses, a Piscina de Ondas do Parque da Cidade foi um estrondoso sucesso entre 1978 e 1991, período em foi mantida em funcionamento. Eram tantos visitantes que o local chegava a receber cerca de 10 mil pessoas em um único fim de semana. Porém, a popularidade não impediu que, por má gestão, administradores acumulassem dívidas e falissem.

Por conta da água acumulada, a administração do Parque da Cidade afirma que tem feito diariamente o monitoramento nas áreas e equipamentos. Para a retirada da água que se acumula no período de chuvas, o órgão recebe o apoio do Corpo de Bombeiros, da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).

O GDF também afirma que a Vigilância Ambiental coloca larvicida em áreas que se enchem de água rapidamente como forma de impedir a reprodução dos mosquitos.

Já houve projeto do governo local para transformar o espaço em parque aquático. A gestão atual do Executivo, no entanto, elaborou concessões e parcerias público-privadas (PPPs) em todo o Distrito Federal e incluiu o Parque da Cidade entre os locais a serem cedidos. O destino da Piscina de Ondas se tornou, novamente, uma incógnita.

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