Obras do aterro sanitário em Samambaia avançam
Com prorrogação do prazo aprovado pelo Senado, GDF corre para substituir o Lixão até 2018
atualizado
Compartilhar notícia
Retomadas em julho deste ano, as obras da fase inicial do Aterro Sanitário Oeste estão 60% concluídas. Essa etapa, que inclui a construção da primeira célula de aterramento, permitirá que o local passe a funcionar em meados de 2016. Com isso, o Governo do DF se enquadra na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305, de 2010), que determina a desativação de lixões e a construção de aterros sanitários em todas as capitais do Brasil até 2018.
O novo aterro chegou a ser suspenso duas vezes pelo Tribunal de Contas do DF (TCDF). A obra ainda enfrenta resistência de moradores das áreas vizinhas, que temem a desvalorização dos imóveis e problemas ambientais. Vale lembrar que a legislação estabeleceu prazo até 2014 para a desativação dos lixões, mas foi prorrogado pelo Senado, em julho deste ano, para 2018.
Localizado entre Samambaia e Ceilândia, o Aterro Oeste terá 760 mil metros quadrados, dos quais 320 mil são destinados ao recebimento de rejeitos (materiais não reutilizáveis) e serão construídos em quatro etapas. A primeira terá quatro células de 25 mil metros quadrados cada uma, sendo que a conclusão de apenas uma — exatamente a que tem 60% das obras prontas e será finalizada em 2016 — é suficiente para ativar o aterro.
O aterro foi projetado para receber 8.130.000 toneladas de rejeitos e, com isso, ter a vida útil de aproximadamente 13 anos. O custo para construir todas as células de aterramento será de R$ 82.745.120. Esse recurso é do SLU.
Infraestrutura
Além da construção da primeira célula, ocorrem no local obras de infraestrutura, também de responsabilidade do Serviço de Limpeza Urbana, mas feitas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap). São três partes. A primeira, que inclui sistema viário interno e drenagem de águas pluviais, no valor de R$ 15.257.022,29, está 92% concluída depois de ter sido retomada em julho. No momento, os trabalhos estão lentos, pois falta pagar à empresa contratada uma parcela de R$ 2.968.165,57.
As outras duas partes estão em processo de licitação. Uma, no valor de R$ 5.039.279,89, está em fase de recursos e inclui a pista de acesso ao aterro, o cercamento e a barreira vegetal. A outra, de R$ 4.987.361,03, prevê a construção das edificações de apoio. As propostas para essa segunda etapa devem ser entregues até 23 de outubro.
Haverá ainda um poço para acumular e bombear o chorume, a ser construído pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). A licitação deve ser lançada na primeira quinzena de novembro.
Aterro controlado
O funcionamento do Aterro Sanitário Oeste é uma das medidas necessárias para encerrar as atividades no aterro controlado do Jóquei, o Lixão da Estrutural. No processo para desativá-lo, o SLU iniciou melhorias para recuperar o local, o que permitiu a mudança de status de lixão para aterro controlado.
Por definição, o lixão é um terreno que dá acesso para qualquer pessoa jogar o que quer, sem nenhum controle. Ele vira aterro controlado melhorando a operação.
Kátia Campos, diretora-geral do SLU
Até junho, o então lixão do Jóquei não tinha delimitação. Agora, uma cerca de seis mil metros contorna 100% do local e foram mantidas apenas duas entradas: uma para caminhões, outra para carros comuns. Na área, também é feita a compactação do resíduo, e o lixo é coberto com entulho ou rejeito de composto. Além disso, foram instalados tubos de concretos para drenar, por meio de queima, os gases emitidos. Após a inauguração do Aterro Sanitário Oeste, a área na Estrutural seguirá recebendo resíduos específicos, como entulho da construção civil. Com informações da Agência Brasília