Interdição do Lago Paranoá afeta praticantes de esportes náuticos
Os esportistas pretendem protestar contra a situação do espelho d’água contaminado nesta sexta-feira (25/11), às 14h, em frente ao Buriti
atualizado
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Não são só os banhistas e os pescadores que estão sendo prejudicados pela contaminação do Lago Paranoá por cianobactérias. Os praticantes de esportes náuticos também. Para protestar contra a situação do espelho d’água, eles pretendem fazer uma manifestação nesta sexta-feira (25/11), às 14h, em frente ao Palácio do Buriti. O DF tem a terceira maior frota náutica do país.
Praticante de esportes náuticos, Sérgio Marques é um dos organizadores do movimento por meio do Facebook. Os manifestantes pretendem cobrar do Governo do Distrito Federal uma solução rápida para a interdição do lago, pois amostras de água contaminada foram enviadas para um laboratório de Goiânia para serem analisadas, mas os resultados estão previstos apenas para o mês de dezembro.
A ideia é levar os equipamentos aquáticos que eles utilizam na prática dos esportes, como caiaques, pranchas, canoas e outros, e tornar a praça que fica em frente ao Buriti uma espécie de lago, em forma de protesto.“A intenção da manifestação é cobrar uma solução do governo para que esse problema se resolva. A poluição não é de agora, já vem ocorrendo há bastante tempo. Mesmo antes de aparecerem as cianobactérias, as pessoas já jogavam lixo e poluíam o lago. Não existe fiscalização”, diz Sérgio Marques.
O Lago Paranoá é palco da prática de vários esportes aquáticos, entre eles: surf, velejada, kitesurf, stand up, wakeboard, windsurf e canoagem. A interdição do lago, devido à contaminação da água, tem causado prejuízo às pessoas que trabalham com esse tipo de atividade e também aos praticantes.
“Resolvemos fazer a manifestação para tentar uma solução por parte do governo. É de extrema importância reivindicar essa limpeza imediata do lago, para que possamos voltar a utilizá-lo”, diz Rafael Sampaio, instrutor da Escola Surfe do Cerrado.
A área afetada é restrita aos trechos entre o Lago Sul – QL 4, QL 6 e QL 8 – e a L4 Sul, no braço sul do Riacho Fundo, entre a Ponte Honestino Guimarães e a Estação de Tratamento do Esgoto Sul.
Seis dias depois da contaminação, nesta quarta (23), a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) já começou a instalar avisos no local, alertando sobre os riscos para os usuários do lago.
O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) informa que as causas da contaminação do Lago Paranoá por cianobactérias estão sendo apuradas. Diz também que o trecho afetado segue sendo monitorado e que não houve ampliação da área atingida.