Manifestantes protestam a favor do governo em Brasília e no Brasil
Além do Distrito Federal, outros 26 estados registram atos pró-PT, Lula e Dilma Rousseff
atualizado
Compartilhar notícia
Pelo terceiro dia consecutivo, o país foi palco de protestos. Ao contrário de quarta (16/3) e quinta-feira (17), quando a tônica foram os atos contra o governo federal — com palavras de ordem voltadas à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva —, nesta sexta (18), as mobilizações apoiaram os petistas.
Em Brasília, cerca de 6 mil manifestantes, de acordo com a Polícia Militar, partiram do Museu Nacional em direção ao Congresso Nacional pela via S1. Todas as faixas do Eixo Monumental foram bloqueadas. Os organizadores do protesto, no entanto, disseram que o ato reuniu 50 mil pessoas.
Em São Paulo, segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), 500 mil militantes ocuparam a Avenida Paulista. O Datafolha, contudo, informa que foram 95 mil.
Um efetivo de 1,7 mil policiais militares foi acionado na capital. Frente Brasil Popular, CUT e mais de 60 entidades organizaram o ato em Brasília. Rodrigo Rodrigues, secretário-geral da CUT Brasília, afirmou no início do protesto: “Estamos aqui em defesa da democracia, da legitimidade do Governo democrático eleito e pelas pautas da classe trabalhadora”.Os manifestantes projetaram na cúpula do Museu Nacional e no Palácio do Itamaraty as frase “não vai ter golpe”, “em defesa da democracia” e “31 de março na rua de novo”. O secretário-geral do PSOL-DF, Fábio Felix, discursou no carro de som e apontou a necessidade de que o protesto também seja um ato de autocrítica.
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) fez um discurso fervoroso. Ela comentou sobre os direitos adquiridos pelas mulheres, as domésticas e os universitários durante os governos de Lula e de Dilma. “Não vamos deixar arrancar o sonho do povo brasileiro. Nós temos história na construção da democracia. Essas bandeiras verde e amarela não pertencem aos coxinhas”.
Por volta das 21h30, os manifestantes começaram a deixar a Esplanda. A PM divulgou que não houve conflitos. No início do ato, a corporação apreendeu facões e foices. “O instrumento de trabalho do MST é a foice. Já está combinado que a polícia vai devolvê-los no término da manifestação”, esclareceram os representantes do ato no carro de som.
Veja como foi o protesto: