Kriptacoin: presos na Operação Patrick são transferidos para a Papuda
Dos 13 mandados de prisão preventiva expedidos pela 8ª Vara Criminal de Brasília, 11 foram cumpridos. Duas pessoas seguem foragidas
atualizado
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Os presos na Operação Patrick, deflagrada na quinta-feira (21/9) pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, foram transferidos para o Complexo Penitenciário da Papuda na manhã desta sexta (22). Dos 13 mandados de prisão preventiva expedidos pela 8ª Vara Criminal de Brasília, 11 foram cumpridos. Duas pessoas seguem foragidas.
A megaoperação é resultado do trabalho conjunto entre a Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor e Fraudes (Corf) e a Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor (Prodecon), do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). João Paulo Todde, que representa os irmãos Welbert Richard Viana Marinho, 37 anos, e Weverton Viana Marinho (foto principal), apontados como líderes do esquema, diz que vai pedir a revogação da prisão deles.
Relembre o caso
Os suspeitos criaram a moeda virtual no fim de 2016 e, a partir de janeiro deste ano, passaram a convencer investidores a aplicar dinheiro na Kriptacoin. A organização criminosa atuava por meio de laranjas, com nomes e documentos falsos. O negócio, que funciona em esquema de pirâmide, visa apenas a encher o bolso dos investigados, alguns com diversas passagens pela polícia por uma série de crimes. Entre eles, o de estelionato.
A Kriptacoin, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, movimentou mais de R$ 250 milhões do começo do ano até agora. O esquema pode ter causado prejuízo a 40 mil investidores, muitos deles de fora do Distrito Federal.
Durante a operação de quinta-feira (21), os investigadores apreenderam oito carros de luxo, que eram exibidos pelos integrantes do esquema, além de grande quantia em dinheiro, que estava em uma academia de Vicente Pires. Os bens deverão ser usados para ressarcir os investidores.