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Kelly Bolsonaro é alvo de denúncia no MPDFT por ato na UnB

Ação contra a ativista de direita foi protocolada neste sábado (18/6). Documento também questiona se manifestação pode ser enquadrada como terrorismo

atualizado

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Kelly Bolsonaro
1 de 1 Kelly Bolsonaro - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O ato de extrema direita que ocorreu na noite de sexta-feira (17/6) na Universidade de Brasília (UnB) já é alvo de denúncias no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Neste sábado (18), foi protocolada uma ação contra a ativista Kelly Bolsonaro, tida como uma das organizadoras do evento, em que é questionada se a manifestação pode ser enquadrada como terrorismo.

O autor da denúncia é o profissional de relações públicas George Marques, de 26 anos. “Eu fiquei extremamente revoltado. Ontem (sexta), eu estava na UnB, mas não cheguei a ver a manifestação. Quando cheguei em casa, recebi a informação do que aconteceu e isso me revoltou”, contou Marques ao Metrópoles.

“Não foi só um ato político. Uma coisa é as pessoas terem opiniões políticas diferentes, outra é elas levarem bombas e armas de choque para uma manifestação. Isso é opressão”, defendeu.

Na última sexta, um pequeno grupo se concentrou no Instituto Central de Ciências (ICC), onde teria atacado estudantes com discursos de teor homofóbico e racista. Os universitários ainda foram acusados de serem “vagabundos” e de “gastarem dinheiro público”. Bombas chegaram a ser estouradas no campus. A 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) investiga o caso.

Reação
Diversos centros acadêmicos da UnB estão convocando os estudantes para um ato “contra o discurso de ódio, o fascismo e a violência” na universidade. Até a última atualização desta reportagem, o evento tinha mais de 500 pessoas confirmadas.

De acordo com a descrição da página, foram enviados pedidos à reitoria para que fossem tomadas as devidas providências com relação ao ato de sexta antes mesmo da manifestação, mas nada foi feito.

“O Centro Acadêmico de Sociologia já foi ameaçado mais de uma vez de ataques por parte dos extremistas. A administração deve levar a sério denúncias feitas pelos estudantes contra esses grupos e tomar providencias para que momentos violentos e propagadores de discurso de ódio não se repitam dentro de nossa universidade”, completa o texto.

O ato está marcado para às 12h da próxima segunda (20) no ICC, mesmo local em que se deu a manifestação de sexta-feira.

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