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Justiça suspende reintegração de posse do Hotel Torre Palace, ocupado por sem-teto

De acordo com o comunicado, a decisão foi tomada por falta de informações no processo sobre os proprietários do local

atualizado

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MIRELLE PINHEIRO/METRÓPOLES
Hotel abandonado na Asa Norte
1 de 1 Hotel abandonado na Asa Norte - Foto: MIRELLE PINHEIRO/METRÓPOLES

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) divulgou, na tarde desta quinta-feira (19/11), uma nota que suspende a reintegração de posse do Hotel Torre Palace, ocupado por integrantes do Movimento Resistência Popular (MRP) desde o dia 23 de outubro. De acordo com o comunicado, a decisão foi tomada por falta de informações no processo sobre os proprietários do local.

Caso dos documentos solicitados pelo órgão não sejam entregues, a liminar – ajuizada pelos representantes do hotel, no dia 28/10, ao argumento de que o estabelecimento teria sido invadido clandestinamente pelos integrantes do MRP – poderá ser revogada.

No dia 23 de outubro, cerca de 100 integrantes do grupo invadiram o Hotel Torre Palace, localizado na quadra 5 do Setor Hoteleiro Norte. O grupo é o mesmo que ocupou o St. Peter Hotel e foi instalado no Clube Primavera, em Taguatinga.

Edson Silva, líder do MRP, disse, em entrevista ao Metrópoles, que as famílias estavam na rua desde o dia 20 de outubro, quando o Governo do Distrito Federal desocupou o Clube Primavera. “Ficamos na Praça do Relógio durante esta semana. O governo descumpriu o acordo que era da gente permanecer lá até conseguirmos uma moradia. Parece que só seremos ouvidos quando começarmos a queimar Brasília de novo”, ameaçou, ao se referir à manifestação que os sem-teto realizaram em 7 de setembro, quando pneus foram queimados no Eixo Monumental.

Representantes do GDF informaram que a retirada foi determinada após a constatação de que os invasores estavam construindo barracos dentro do clube, descumprindo o acordo feito para que eles ficassem ali temporariamente.

Outro motivo que levou à desocupação da área é que os responsáveis pelo MRP não regularizaram a situação cadastral do movimento junto à Codhab e, por isso, não foi possível incluir os 240 integrantes na lista dos programas habitacionais de baixa renda. Segundo o governo, muitos dos invasores teriam moradia.

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