metropoles.com

Em benefício próprio. MP ajuíza ação de improbidade contra ex-secretário de Saúde Rafael Barbosa

Ele e outros médicos são acusados de administração fraudulenta com o intuito de lesar os cofres públicos e repassar verbas ilícitas para empresas de sua propriedade

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Valter Campanato/ABr
barbosa
1 de 1 barbosa - Foto: Valter Campanato/ABr

As promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ajuizaram ação civil pública por improbidade administrativa contra três médicos, um advogado, um cidadão e os institutos de Doenças Renais de Ceilândia e Samambaia. O principal envolvido na ação é o ex-secretário de Saúde do DF Rafael de Aguiar Barbosa.

A ação demonstra que os institutos foram administrados de forma fraudulenta com o intuito de lesar os cofres públicos e repassar verbas ilícitas ao então secretário de Saúde do DF, conforme consta na ação: “Cumpre registrar que o primeiro requerido, Rafael de Aguiar Barbosa, nunca se afastou das decisões administrativas da clínica, demonstrando que enquanto atuava como secretário de Saúde do Distrito Federal, também defendia os interesses do Instituto de Doenças Renais relativos ao Contrato 22/2010, garantindo suas prorrogações e acelerando os procedimentos de deferimento de reajustamento dos valores, mesmo sabendo da ilegalidade do contrato, ante a existência de sócios servidores no quadro social”.

Relatórios anexados à peça processual informam uma típica conduta de lavagem de dinheiro praticada pelos denunciados. Segundo os promotores que assinam a ação, “os sócios antecipavam o pagamento de despesas do Instituto de Doenças Renais com dinheiro sem origem lícita, provavelmente decorrente de crimes contra a administração pública, ou seja, propinas”. A ação de improbidade descreve, em detalhes, o mecanismo de lavagem utilizado.

Para o MPDFT, o esquema montado na Secretaria de Saúde para favorecer o IDR envolvia também médicos que atuavam como servidores públicos executando contratos ao mesmo tempo em que participavam do corpo clínico do instituto, revelando a deslealdade com a administração pública e quebra dos princípios da legalidade, honestidade, moralidade e lealdade.

Quanto aos institutos, eles são passíveis de responsabilização por infringirem a Lei de Licitações (Lei 8.666/93) e utilizarem, em proveito próprio, verbas da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

O ex-secretário de Saúde, Rafael Barbosa, afirma que o contrato em questão foi assinado em 2010, quando ele ainda não era secretário de Saúde. Além disso, Barbosa alega que não houve qualquer tipo de privilégio no processo de contratação dos serviços de hemodiálise. Segundo o médico, os repasses sempre foram feitos fundo a fundo, sem a ingerência do Governo do Distrito Federal, que era apensas quem fazia os repasses segundo as normas e valores definidos pelo Fundo Nacional de Saúde.

“Deixei a sociedade da clínica em 2007. Desde então, o centro passou a ser tocado pela minha ex-esposa. Se houvesse algum tipo de irregularidade, o contrato não teria sido renovado por mais cinco anos em novembro último. Estou muito tranquilo quanto à lisura do processo”, disse Barbosa ao Metrópoles.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?