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PMs que prenderam suspeito de assassinar Louise contam que ele demonstrou frieza e riu na viatura

Universitário Vinícius Neres, colega da vítima, foi para casa após o crime, tomou banho, dormiu e voltou à UnB. Segundo policiais, ele era obcecado pela colega

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1 de 1 montagem unb - Foto: Facebook/Reprodução e PMDF/Divulgação

louiseFrio. Assim policiais militares e civis que prenderam e colheram o depoimento de Vinícius Neres (foto), 19 anos, descrevem o estudante de biologia da Universidade de Brasília (UnB) que confessou o assassinato da colega Louise Ribeiro, 20, na noite de quinta-feira (10/3). Segundo os PMs, depois de matar a menina, ele foi para casa, tomou banho, dormiu e voltou para a UnB nesta sexta (11).

Ainda de acordo com o relato dos policiais que encontraram o corpo, o assassino teria rido enquanto estava dentro da viatura. Vinícius contou aos policiais que o plano era se matar também, mas desistiu.

O delegado Leandro Ritt, titular da Divisão de Repressão a Sequestros (DRS), reforça a impressão que os PMs tiveram sobre a personalidade do acusado. Segundo Ritt, Vinícius não demonstrou arrependimento nem mesmo ao ver os pais e o avô aos prantos.

Facebook/ReproduçãoComo foi o crime
Segundo o depoimento de Vinícius na DRS, ele se encontrou com a vítima em um laboratório da UnB na quinta-feira e disse que se mataria, mas Louise deu um abraço no rapaz para confortá-lo. Naquele momento, ele teve um ataque de fúria. Com o braço esquerdo, imobilizou a garota. Com o direito, abriu o vidro de clorofórmio, embebedou um pano e a fez desmaiar. Em seguida, jogou 200ml do produto na boca dela antes de a amarrar sentada em uma cadeira.

Em seguida, pegou o carro dela e foi dar uma volta. Doze minutos depois, segundo o próprio relato, voltou para o laboratório. Louise já estava morta. “Vinícius contou que tirou a roupa dela e sentiu vontade de ter relação sexual. Chegou a colocar um preservativo, mas teria desistido e colocou calcinha da menina de volta”, relatou o delegado Leandro Ritt.

Logo depois, Vinícius prendeu os braços e as pernas de Louise, colocou o corpo dela em um carrinho e seguiu até o carro da jovem. O corpo foi colocado no assoalho do banco traseiro do veículo. O universitário dirigiu até um matagal,  em uma área de cerrado entre o Minas Tênis Clube e o Crespom, próximo à UnB, onde deixou a vítima. Ele ainda jogou álcool sobre o corpo e ateou fogo.

Ao ser apresentado à imprensa, no começo da noite desta sexta, Vinícius contou detalhes do crime. Segundo ele, de dentro do laboratório, a jovem gritou muito pedindo socorro.

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Vinícius Neres liga para Louise e pede para ela encontrá-lo em um laboratório da UnB
Ele diz que quer se matar, e Louise o abraça para confortá-lo. Vinícius tem um ataque de fúria
Ele pega um vidro de clorofórmio, umedece um pano e o coloca sobre o rosto da moça, fazendo-a desmaiar
Em seguida, joga 200ml do produto na boca da estudante
Ao ver que a universitária estava morta, ele carrega o corpo até o veículo de Louise
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Entenda como foi o assassinato de Louise Ribeiro

Cicero Lopes/Metrópoles
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Vinícius Neres liga para Louise e pede para ela encontrá-lo em um laboratório da UnB

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Ele diz que quer se matar, e Louise o abraça para confortá-lo. Vinícius tem um ataque de fúria

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Ele pega um vidro de clorofórmio, umedece um pano e o coloca sobre o rosto da moça, fazendo-a desmaiar

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Em seguida, joga 200ml do produto na boca da estudante

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Ao ver que a universitária estava morta, ele carrega o corpo até o veículo de Louise

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Vinícius dirigiu até um matagal e ateou fogo no corpo. No dia seguinte, ligou para o pai da menina para saber o que tinha acontecido

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Buscas
A Polícia Militar foi acionada pela segurança da UnB após ser informada do desaparecimento da universitária. Durante as buscas, na manhã desta sexta (11), PMs conversaram com várias pessoas. O carro da jovem foi encontrado com objetos do suspeito, por volta das 11h. O veículo estava próximo ao Instituto de Biologia. Os PMs encontraram Vinícius, que confessou o crime e mostrou onde estava o corpo.

Vinícius disse que tinha a chave do laboratório onde o crime ocorreu porque falou para a professora que precisava revelar umas fotos. A PM disse também que, segundo relato do universitário, o crime foi planejado dias antes do assassinato. Segundo o delegado Ritt, o rapaz pegou de um laboratório da universidade, há um mês, o clorofórmio usado no crime.

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Perícia
A perícia da Polícia Civil esteve no local onde o corpo foi encontrado nesta manhã. Depois, os peritos foram para o Instituto de Biologia recolher provas.

O suspeito do assassinato chegou a ser levado para a 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), mas foi transferido para a Delegacia de Repressão a Sequestros (DRS).

Desaparecimento
Segundo relatos da família, a jovem foi vista pela última vez na UnB no fim de quinta. Isadora Ribeiro, irmã da estudante, afirmou que Louise entrou em contato com a mãe por volta das 18h avisando que iria para a Pizzaria César, na 404 sul, com um grupo. “Não sabemos se ela chegou no local. Procuramos as amigas, mas as meninas disseram que não tinham combinado de sair. A última coisa que sabemos é que ela entrou no Whatsapp às 20h”, disse. O pai da vítima é tenente do Exército.

Na manRafaela Felicciano/Metrópoleshã desta sexta, colegas de Louise espalharam cartazes na UnB informando sobre o desaparecimento dela. A jovem cursava o 4º semestre de biologia e fazia estágio no Ibama. Na tarde desta sexta, o departamento de biologia ficou fechado e cartazes indicavam que, por motivo de luto, não haveria aula.

 


Emoção
Muito emocionada, a estudante de biologia Flávia Martins, 22 anos, contou que viu o suspeito empurrando um carrinho de laboratório. “Depois da aula, fiquei conversando com os meus amigos e vi o menino com o carrinho. Tinha uma espécie de pano preto por cima, mas nem suspeitei que pudesse ser uma coisa dessas”, contou.Rafaela Felicciano/Metrópoles

Flávia não conhecia Louise ou o menino, mas estava muito emocionada com a situação. “Se eu soubesse, poderia ter feito algo para tentar ajudar”. Ela completou que viu o suspeito por volta das 22h, próximo ao laboratório de genética.

Não são todos os alunos que têm acesso aos laboratórios. Flávia contou que, para ter a chave dos locais, é preciso trabalhar na área. Por isso, ela suspeita que o menino fosse do próprio laboratório.

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