Servidores da UnB voltam a trabalhar após 133 dias de greve
Categoria conseguiu reajuste de 10.8% do salário, dividido em dois anos, além de melhorias nos auxílios alimentação, creche e saúde
atualizado
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Após 133 dias em greve, uma das paralisações mais longas, servidores técnicos-administrativos da Universidade de Brasília (UnB) voltaram a trabalhar. Durante o período em que a categoria cruzou os braços, serviços como atendimento ao aluno, nomeação de novos professores e funcionamento da biblioteca ficaram prejudicados.
Os servidores conseguiram um reajuste de 10,8% no salário de toda a categoria, que será feito em dois anos (5,5% em agosto de 2016 e 5,3% em janeiro de 2017). Além disso, os auxílios de alimentação e saúde foram reajustados em 22,8%. Para aqueles que necessitam de auxílio-creche houve um aumento de 317,3% no benefício, que passa a ser de R$ 396.
Questões em aberto
O Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) afirma que a greve beneficiou a categoria, mas admite que algumas demandas importantes não puderam ser resolvidas. Entre elas, a diminuição da carga horária para 30 horas semanais, luta histórica dos servidores.
O encerramento da greve foi decidido por achar que, diante a inflexibilidade do governo, as negociações não iriam avançar. Porém, afirmam que ainda vão seguir batalhando pela redução da jornada de trabalho. “Continuaremos com esta luta até que ela seja atendida. Não é um devaneio nosso”, disse o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes.