Oito em cada 10 brasilienses estão endividados. Saiba como sair dessa
Aproximadamente 741,6 mil famílias do DF estão com débitos. Confira dicas para usar bem o 13º e entrar o ano no azul
atualizado
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A crise tem apertado o bolso dos brasilienses. Com achatamento de salários, preços e juros nas alturas, muita gente não está conseguindo equilibrar as contas. Somente em setembro, 15,9 mil famílias entraram para o grupo dos endividados. O total de inadimplentes passou de 725.723 em agosto para 741.677 no mês analisado.
Significa dizer que oito em cada 10 moradores da capital têm algum débito pendente. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF).
O professor de finanças da Fundação Getulio Vargas Pedro Salanek diz que o crédito direto ao consumidor (CDC) é uma das saídas. “Assim, é possível parcelar o valor pagando menos”, ressalta.
Segundo a pesquisa da Fecomércio, 90,5% dos entrevistados disseram não ter conseguido pagar a fatura do cartão de crédito em dia. O atraso dói muito no bolso. Os juros do crédito rotativo somam quase 500% ao ano.
Para o presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, a falta de reajuste dos servidores públicos e a baixa demanda de contratação por parte do setor privado vêm contribuindo para o quadro de endividamento das famílias brasilienses.
Na ponta do lápis
– Use o seu 13º salário para sair do vermelho
– Troque dívidas com juros altos, como cheque especial e cartão de crédito, por mais baratas, como crédito direto ao consumidor (CDC)
– Se der, separe uma parte do 13º para pagar despesas extras do início do ano, como material e mensalidades escolares, IPTU e IPVA
– Pesquise preços sempre
– No mercado, busque ofertas ou alternativas a produtos que estejam caros
– Evite supérfluos
– Planeje os gastos
– Se possível, junte dinheiro para comprar à vista
– Nunca pague somente o mínimo da fatura do cartão de crédito
– Evite entrar no cheque especial
– Enquanto pagar uma dívida, não faça outras. Deixe o cartão de crédito de lado
– Use a tecnologia como aliada. Diversos bancos têm opções de consulta via internet. Planejamentos podem ser feitos também por aplicativos de orçamento financeiro, como Guia bolso, Organizze, Zeropaper e Minhas Economias.