O Metrópoles dá dicas de como fazer o dinheiro render até janeiro acabar

Em tempos de inflação alta, o jeito é economizar. Com um índice acumulado que fechou o ano de 2015 em 9,67%, o bolso do brasiliense pesou em vários setores — como alimentação, energia elétrica, transporte e combustíveis.

A cebola, por exemplo, liderou o ranking dos itens que mais tiveram aumento no preço no ano passado, chegando a custar até 64% mais. O índice geral de 2015 fechou bem acima do registrado em 2014, quando a inflação ficou em 6,29%.

Neste período de instabilidade, no qual os salários não acompanham as etiquetas de preço, o Metrópoles conversou com quatro economistas e reuniu 10 dicas de como fazer o dinheiro render até o fim de janeiro (e nos meses seguintes). Confira:

• Planejamento

“O mais importante para conseguir economizar de verdade é saber o quanto se gasta”, ensina Breno Brito, analista de investimentos do Bullmark Financial Group. Segundo o especialista, as famílias devem se organizar para ter uma noção de quanto é o gasto com cada setor ao fim do mês. Assim, é possível separar o essencial do supérfluo e o que pode ser cortado do orçamento.

• Atenção com o cartão de crédito

Outra dica para economizar no fim do mês é não manter vários cartões de crédito de uma só vez. O melhor é procurar bancos que não cobram o valor da anuidade do cliente. Além disso, é sempre mais fácil controlar as despesas quando o limite é um só.

• Compare os preços dos combustíveis

Mesmo com a atuação do cartel que tabela o preço dos combustíveis no DF, em relação à gasolina, a comparação com o álcool deve sempre ser feita. A recomendação é fazer uma experiência periódica com o carro para ver quanto ele anda com a gasolina e quanto roda com o etanol. É sempre bom fazer a comparação para ver qual sai mais em conta.

• Carona solidária

Outra solução para a economia de gasolina é a utilização de serviços de carona solidária — ou mesmo compartilhar o carro com outras pessoas, de forma que o valor do combustível não pese em um só bolso.

• Substitua marcas

A dica dos especialistas é trocar a marca dos produtos por outras mais baratas, já que muitas vezes se paga pelo nome que vem impresso nas embalagens. Mercadorias com rótulos diferentes podem suprir as necessidades e ter a mesma qualidade.

• Compre produtos da estação

Muitos produtos — principalmente alimentos — tiveram alta significativa no último ano. O conselho é sempre buscar frutas e verduras, por exemplo, que sejam da estação. “São sempre mais baratas, já que são mais facilmente encontradas”, afirma George Cunha, professor da Faculdade de Economia da Universidade Católica de Brasília (UCB).

• Pesquise bastante

Cada vez mais é necessário que se pesquise antes de comprar qualquer produto. Preços variam muito de uma loja para outra, e é preciso ficar atento. Também é importante que as pessoas aguardem até que tenham condições de fazer qualquer tipo de gasto.

• Movimente o dinheiro

E, enquanto se pesquisa, a recomendação dos economistas é que o dinheiro não fique parado na conta. “Existem formas de se fazer o planejamento e pesquisar enquanto o dinheiro rende em algum tipo de fundo de investimento”, explica Marcos Melo, professor de finanças do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec/DF). Quanto mais ele fica parado, mais rápido tende a sair da conta-corrente.

• Prefira os atacados

Muito populares em tempos de economia fraca no país, os atacadões voltam à lista dos especialistas. Caso haja a necessidade de se comprar algo, a recomendação é de que isso seja feito o mais rápido possível. E, claro, comprar em atacados em vez de adquirir a unidade, uma vez que, com o volume maior, é possível conseguir descontos melhores.

• Reduza gastos variáveis

Por fim, os especialistas frisam a importância de se eliminar gastos variáveis. São despesas como internet, telefone, conta de luz, água e TV a cabo. Segundo Felipe Chad, planejador financeiro da empresa DXI Planejamento Financeiro, esses são os itens com maior tendência de aumento em 2016. “É importante arrumar formas de reduzir os gastos. Analise onde os planos podem ser cortados e faça ajustes no orçamento”, orienta.