Distrito Federal tem menor inflação do país no acumulado de 2016
Índice de preços do Distrito Federal nos primeiros cinco meses do ano ficou em 2,65%. Alimentos mais baratos e intervenção nos postos ajudaram na contenção da alta
atualizado
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Não é só a melhora na arrecadação do Distrito Federal que tem dado sinais de recuperação na economia local — embora o brasiliense não tenha visto a conversão de impostos em aprimoramento dos serviços públicos. A inflação que corrói o salário dos brasileiros tem atacado de forma mais branda o bolso dos candangos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a variação nos valores de produtos diversos, fechou em 2,65% nos primeiros cinco meses de 2016 no Distrito Federal. O valor é o menor do país, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em maio, a alta dos preços no DF foi de 0,45%, índice superior apenas ao de Goiânia, que terminou o mês com acréscimo de 0,28%. A capital federal também apresenta uma das menores inflações do país se considerados os últimos 12 meses, com produtos 8,56% mais caros, atrás apenas de Belo Horizonte, Vitória e Campo Grande.Parte da responsabilidade pela contenção dos preços no DF se deve à intervenção na principal rede de postos de combustível da região. Somente em maio, o preço da gasolina teve queda de 3,66%; e do etanol, 10,81%. Alguns itens alimentícios também ajudaram na contenção da inflação. Caso da cenoura, que, após meses de aumento de preço, ficou 24% mais barata em maio.
Brasil não vai bem
Apesar da inflação abaixo da média no DF, a situação no Brasil como um todo está longe do ideal. A alta de 0,78% no IPCA de maio no país representou a maior elevação do indicador para o mês desde 2008. Naquele ano, o acréscimo foi de 0,79%.
Outra marca negativa foi o resultado no acumulado de 12 meses. Com a alta do mês passado, o índice acumulado alcançou 9,32%, acima do teto da meta estipulada pelo governo, de 6,5%, e do patamar de 9,28% registrado nos 12 meses encerrados em abril.
O IPCA acumulado em 12 meses, quando comparado ao período imediatamente anterior, não apresentava elevação desde janeiro passado. No primeiro mês do ano, o indicador alcançou 10,71%, ante 10,67% de dezembro do ano passado. Desde então, o IPCA acumulado apresentava tendência de queda: 10,36% em fevereiro, 9,39% em março e 9,28% em abril.