Desemprego bate recorde e atinge 336 mil brasilienses
Segundo a PED, 15 mil pessoas ingressaram no mercado de trabalho, quantidade maior do que o saldo de mil novos postos gerados em março
atualizado
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O desemprego bateu novo recorde no Distrito Federal no mês de março. A taxa chegou a 20,7%, o que representa um contingente de 336 mil brasilienses fora do mercado de trabalho, 14 mil a mais do que em fevereiro. Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego, divulgada pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan).
Segundo a pesquisa, 15 mil pessoas ingressaram no mercado de trabalho, quantidade maior do que o saldo de mil novos postos gerados em março. A situação só não foi pior porque o setor de serviços conseguiu ocupar 13 mil pessoas a mais no mês. Já os setores de comércio (-9 mil), de construção civil (-4 mil) e da indústria de transformação (-2 mil) apresentaram queda na oferta de emprego.
No período de 12 meses, foram gerados 28 mil novos postos na economia local. Porém, a procura por uma vaga de emprego foi bem maior.
Na avaliação do gerente de Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Jusçânio de Souza, o quadro apresenta perspectivas positivas. “O aumento do desemprego assustou todos os brasileiros, mas vemos nos últimos meses aumento de postos de trabalhos, além do crescimento da renda em março”, explicou.
A perspectiva positiva é compartilhada pela coordenadora de pesquisas do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Adalgiza Amaral. Ela acredita que o aumento de renda e de postos é indicador de mudanças futuras. “Quando há melhora ou piora no mercado, o emprego e desemprego demoram a reagir, mas estamos com mais dados positivos que negativos neste mês”, justificou a coordenadora.
A pesquisa também mostrou que o rendimento médio real dos ocupados e dos assalariados subiu 5% e 6,4%, respectivamente, de janeiro para fevereiro de 2017. Apesar de os trabalhadores autônomos também terem crescimento de renda, a variação foi menor (0,6%).