Delegacia de combate à intolerância religiosa abre as portas em 15 dias
Quadro de agentes será escolhido a dedo, com policiais experientes e com sensibilidade para investigar casos de violência contra minorias
atualizado
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Em 15 dias, a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência deverá abrir as portas para atender à população do Distrito Federal. A unidade especializada contará com a parceria do Ministério Público, por meio de promotorias especializadas a apurar casos mais sensíveis envolvendo homofobia ou de violência contra idosos.
A delegacia, que funcionará onde existe atualmente a Divisão de Cadastro de Roubos e Furtos de Veículos (DCRFV) – no Departamento de Polícia Especializada (DPE) –, contará com 13 agentes e dois delegados. A unidade será chefiada pela delegada Gláucia Cristina da Silva. Com 20 anos de carreira, Gláucia coleciona passagens importantes pela Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) e da Criança e do Adolescente (DCA).
Quadro deficitário
Durante a cerimônia que anunciou a criação da delegacia na manhã desta quinta-feira (21/1), o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) questionou a decisão do governo em um momento em que a Polícia Civil apresenta deficit de três mil homens em seus quadros. De acordo com o presidente do sindicato, Rodrigo Franco, não há profissionais suficientes para trabalhar nas delegacias já existentes. “No ano passado, nossa polícia sofreu com a aposentadoria de 500 policiais. Neste ano, o quadro é ainda mais grave, já que 715 policiais serão aposentados”, disse.
O presidente do sindicato destacou, ainda, que o atual governo não cumpriu com a promessa de nomear os 420 candidatos aprovados no último concurso. “Não acredito que o governador vá cumprir essa promessa. No ano passado, foram apenas 40 nomeados. Na campanha, ele nos prometeu que iria nomear os policiais que já estão formados no primeiro ano de mandato e decidiu nomear apenas esses 120 agentes. O número é insuficiente”, disse.