Cunhada de Renato Santana, vice-governador do DF, morre com suspeita de dengue hemorrágica em Brazlândia
Cristina Natal deu entrada no Hospital Regional da cidade na tarde de terça-feira (26/1), mas já apresentava quadro de sangramento interno. Morreu horas depois. A enfermeira era casada com Pedro Santana, irmão de Renato Santana
atualizado
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Com o maior número de casos confirmados de dengue no DF, Brazlândia pode ter registrado mais uma vítima. Dessa vez, fatal. A cunhada do vice-governador do Distrito Federal, Renato Santana, morreu na madrugada desta quarta-feira (27/1), no Hospital Regional de Brazlândia. A principal suspeita da equipe médica é que a causa da morte tenha sido dengue hemorrágica.
Maria Cristina Natal Santana, 42 anos, era casada com o Pedro Santana, irmão do vice-governador. Servidora da Secretaria de Saúde, ela era enfermeira no Hospital de Brazlândia e, além de conhecer a equipe médica, escolheu a unidade pela proximidade com a residência dela, embora tivesse plano de saúde.Cristina já havia passado por uma cirurgia bariátrica e, recentemente, estava com a saúde debilitada. Na tarde de terça, sentiu um mal-estar, com sintomas da dengue e, ao chegar no hospital, já apresentava sangramento interno.
Segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, este ano, até o dia 18 de janeiro, não havia sido registrado nenhum caso de dengue hemorrágica e nenhuma morte pela doença no DF.
Desde o começo do ano, Brazlândia lidera o ranking das cidades com mais ocorrências de dengue no DF. De acordo com a Secretaria de Saúde, foram pelo menos 100 casos confirmados. Com a epidemia, o Governo do DF intensificou as ações de combate ao mosquito.
Apenas na terça, 105 militares do Exército vistoriaram 655 casas à procura de possíveis focos de proliferação do inseto. A operação tinha começado na semana passada, com média de 900 vistorias diárias, e termina na sexta (29).
Para a secretaria, uma das justificativas para o grande número de casos é a proximidade da região com Goiás, mais especificamente o município de Ouro Verde, onde 70% dos habitantes tiveram dengue. Além disso, o Núcleo de Vigilância Ambiental da cidade diz que, como Brazlândia é cidade dormitório, onde os moradores ficam fora por muito tempo.
A Secretaria de Saúde foi procurada pelo Metrópoles para comentar o assunto, mas, até a publicação da reportagem, não havia retornado.