Computadores do GDF são invadidos por vírus que atacou rede mundial
Máquinas estão desligando sozinhas e servidores são orientados a salvar os documentos para evitar perdas de informações importantes
atualizado
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Com o antivírus desligado, os computadores do Governo do Distrito Federal (GDF) foram invadidos pelo vírus WannaCry. Nesta segunda-feira (24/7), máquinas estão desligando sozinhas e os servidores são orientados a salvar e fazer backup de todos os documentos importantes. Segundo apuração do Metrópoles, o ataque de hackers não se estendeu a todo o sistema do GDF.
O mesmo WannaCry foi responsável por um ciberataque mundial em maio deste ano. A invasão atingiu mais de 100 mil organizações em pelo menos 150 países. No Brasil, um dos alvos foi o Ministério do Trabalho, que precisou desligar os computadores até conseguir normalizar a situação.
Em nota, o GDF informou que a Subsecretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Sutic) detectou uma instabilidade na rede GDFNet, na sexta (21), “provavelmente causada pela ação de vírus/malware em computadores de algumas unidades administrativas. Desde então, providências estão em andamento e novas configurações de segurança foram implementadas para evitar a propagação do problema”.Segundo a pasta, não foi identificado, até o momento, qualquer acesso indevido ou prejuízo a dados e informações do governo. “Os computadores afetados serão normalizados o mais brevemente possível”, destacou.
Data Center
A invasão do vírus ocorre mesmo depois de o GDF inaugurar o novo datacenter. Trata-se de uma central que guarda máquinas e dados da rede corporativa com mais espaço físico e quase o dobro da capacidade de hospedagem de sistemas e serviços em comparação com a anterior.
Foram investidos R$ 12,2 milhões para garantir mais segurança contra ataques de hackers e maior capacidade de armazenamento. No ano passado, os sistemas de informática do GDF sofreram 52.031 tentativas de invasão, segundo a Secretaria de Planejamento. Em 12 vezes, os hackers conseguiram de fato acessar os servidores.
De acordo com o governo, os dados estão agora concentrados em um só local e com mais barreiras de proteção. Três firewall foram instalados para impedir a entrada de hackers e o acesso físico é feito por controle biométrico de entrada.