Caesb tenta reduzir impacto ambiental de vazamento no Lago Paranoá
Estação de tratamento de esgoto passou por limpeza. Segundo a companhia, incidente foi causado porque greve de servidores prejudicou a manutenção
atualizado
Compartilhar notícia
Técnicos da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) trabalham nesta quarta-feira (6/7) para reduzir o impacto ambiental do vazamento de lodo que atingiu o Lago Paranoá na terça (5) por cerca de meia hora. O material vazou de um dos tanques da Estação de Tratamento de Esgoto Brasília Norte (Avenida L4, Asa Norte). Foi feita uma limpeza da estação e coletada amostra da água para análise — com resultado previsto para quinta (7).
A empresa atribui o incidente à situação de limite em que estão sendo executados os serviços de tratamento de esgoto nas estações da Caesb desde o início da paralisação de servidores, há 52 dias. De acordo com a companhia, o comando de greve assumiu o controle do processo de tratamento de esgoto com um número reduzido de operadores, e os equipamentos estão funcionando no limite da capacidade.Por meio de ofícios, a Caesb alertou o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Água e Esgoto do Distrito Federal (Sindágua) sobre os riscos de acidentes. Ainda segundo a empresa, equipamentos apresentam defeitos e não são consertados em tempo hábil para garantir a segurança do processo de tratamento.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Água e Esgoto do Distrito Federal (Sindágua) nega responsabilidade dos funcionários no incidente. Afirma que os grevistas, inclusive, se ofereceram para consertar os equipamentos, mesmo durante a paralisação.Informou ainda que, antes do vazamento ocorrer, funcionários terceirizados foram chamados para reparar máquinas com defeito, mas demoraram para resolver os problemas.
Assim que o vazamento começou, a situação foi comunicada, por telefone, ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram). Nesta quarta (6), a informação foi repassada novamente, mas por meio de ofício.
Decisão
A 8ª Vara de Trabalho de Brasília rejeitou na terça-feira (5) recurso do Sindágua contra a decisão que obrigou a abertura dos portões das unidades da Caesb e que estabeleceu a distância mínima de 200 metros para o posicionamento de trabalhadores em greve. (Com informações da Agência Brasília)