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Agressões, golpes e ameaças: violência contra idosos cresce 70% na pandemia

Na CLDF, a Procuradoria do Idoso passou a funcionar nessa última semana, visando apurar denúncias de crimes contra essa parcela da população

atualizado

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Yanka Romão/ Metrópoles
Arte Violência Contra Idosos
1 de 1 Arte Violência Contra Idosos - Foto: Yanka Romão/ Metrópoles

A quantidade de ocorrências de violência contra idosos computadas na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) aumentou na pandemia do novo coronavírus. Segundo dados da corporação, de janeiro a maio deste ano, foram notificados 2.334 casos. No mesmo período de 2020, foram 1.355 registros. Isso representa aumento de 72%.

Os números de todo o ano de 2020 comparados com os 12 meses de 2019 também demonstram relação da pandemia com a alta na quantidade dos crimes. Em 2019, a PCDF computou 1.988 casos de violência contra idosos. Já em 2020, foram 4.296 ocorrências. O aumento é de 116%.

O gráfico com os números por mês mostra que os casos passaram a subir após o início da pandemia da Covid-19.

Ainda segundo os dados da PCDF, a maioria dos crimes cometidos acontece dentro de casa. Em 2021, 42% dos casos de violência contra idosos ocorreram em residências.

Confira:

Canais de denúncias

O Dia Internacional do Idoso é celebrado em 1º de outubro. Nessa mesma semana, começou a funcionar na Câmara Legislativa do DF (CLDF) a Procuradoria Especial de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, também chamada de PRO 60+.

A CLDF aprovou a criação da procuradoria, em 2º turno, ainda em outubro do ano passado. Agora, quase um ano após o projeto passar na Casa, ele saiu do papel.

O Projeto de Resolução é de autoria do deputado distrital Valdelino Barcelos (PP). A Pro 60+ terá a missão de zelar pelo Estatuto do Idoso no DF. Além disso, deverá receber e investigar denúncias de crimes e abusos contra a população idosa.

A Procuradoria do Idoso funciona de segunda a sexta-feira, na sede da CLDF, das 8h às 18h. Fica no terceiro andar, sala 3.37. Os telefones para contato são: 3348-8722/8723.

O grau de dependência do idoso em relação ao agressor pode levá-lo a não denunciar o caso. Por isso, amigos, vizinhos ou quaisquer pessoas que saibam da violência sofrida pelo idoso devem procurar as instituições competentes: Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Polícia Militar, Polícia Civil e Disque 100.

“A violência contra o idoso não se manifesta apenas por meio de agressões físicas, apropriação da renda do idoso ou golpes de estelionatários, mas também pela negligência, pela exclusão do idoso das decisões familiares, pelo abandono”, pontua a delegada Cyntia Cristina de Carvalho, da Decrin.

Desde 2016, a Polícia Civil do DF tem a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin). Além de na delegacia especializada, denúncias podem ser feitas no 197 Denúncia On-line, no telefone 197, no e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br e no WhatsApp (61) 98626-1197.

As denúncias de violações de direitos da pessoa idosa também podem ser encaminhadas diretamente para a Promotoria da Pessoa Idosa (Projid), por email (projid@mpdft.mp.br), ou para a Ouvidoria do MPDFT, que também recebe denúncias anônimas por meio de formulário eletrônico ou pelo telefone 0800 644 9500.

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