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Adolescentes de Unidade de Semiliberdade Feminina pegam sarna

Sete internas do sistema socioeducativo foram medicadas e terão que ficar uma semana de atestado em casa

atualizado

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1 de 1 internas - Foto: Divulgação/GDF

As doenças de pele que atingiram as seis unidades prisionais do Distrito Federal também chegaram ao sistema socioeducativo. Sete adolescentes da Unidade de Semiliberdade Feminina do Guará, que apenas dormem no local, foram contaminadas com escabiose, doença popularmente conhecida como sarna. Ela provoca coceira e feridas na pele. A única relação que pode ser feita com os 2,6 mil detentos doentes em presídios do DF, a maioria no Complexo Penitenciário da Papuda, é caso uma das internas seja parente ou conhecida de um presidiário e tenha sido contagiada por meio do contato. Essa hipótese ainda não foi confirmada pelas autoridades locais.

A unidade de semiliberdade, que integra o sistema socioeducativo (não o prisional, exclusivo para maiores de 18 anos), é regida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Atualmente, abriga 157 meninas que cumprem medida socioeducativa. Desse total, apenas sete jovens apresentaram os sintomas da sarna. Como elas passam o dia em diferentes atividades, a principal suspeita é que tenham contraído a doença fora da unidade do Guará. A doença é altamente contagiosa e, uma vez que as meninas emprestam roupas, lençóis e outros pertences, todas acabaram contaminadas.

De acordo com a Subsecretaria do Sistema Socioeducativo, as sete garotas foram “atendidas, medicadas e estão com atestado médico de sete dias para tratamento em casa. A unidade passou por limpeza e desinfecção no sábado (5/8) para evitar novos contágios”, disse a assessoria da pasta, por meio de nota. Nenhum servidor foi infectado.

O texto enviado ao Metrópoles também é assinado pela Secretaria de Saúde do DF. Segundo o órgão, a escabiose é uma doença causada por um tipo específico de ácaro (Sarcoptes scabiei) e sua infestação é facilmente transmitida através do contato físico. “Além do tratamento, é necessário eliminar os ovos dos parasitas, que se alojam no indivíduo e no meio ambiente onde ele vive”, orienta a pasta.

Veja algumas fotos dos contaminados no Sistema Penitenciário:

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Em vistoria feita em 28 de julho, a Comissão de Direitos Humanos do DF verificou que muitos detentos estão infectados
Detento infectado com doença de pele na Papuda
Registro de sarna em presos
A doença se alastrou com rapidez e começou a apresentar sinais de epidemia dentro do sistema
Lesões no pé de um dos presos da PDF 1
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Ferida causada por infecção de pele em agente policial de custódia: servidor suspeita que foi contaminado por preso transferido da Papuda para o Centro de Progressão Penitenciária, no SIA

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Em vistoria feita em 28 de julho, a Comissão de Direitos Humanos do DF verificou que muitos detentos estão infectados

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Detento infectado com doença de pele na Papuda

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Registro de sarna em presos

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A doença se alastrou com rapidez e começou a apresentar sinais de epidemia dentro do sistema

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Lesões no pé de um dos presos da PDF 1

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Lesões com pus, que podem contaminar lençóis, cobertores e roupas. As enfermidades são altamente contagiosas

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Outro detento também tem feridas na perna

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Mão contaminada: surto de impetigo e sarna no sistema carcerário

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Penitenciárias
As doenças identificadas pela Secretaria de Segurança Pública e Paz Social no sistema prisional são escabiose, tinea, ptiríase, furunculose e impetigo. A Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) informou que as unidades médicas dos presídios têm trabalhado para estabilizar a proliferação dos casos. Afirmou também ter medicado os internos e feito a higienização das celas.

O surto de doenças infecciosas na Papuda foi revelado pelo Metrópoles em 13 de julho. Na ocasião, 10 esposas de detentos da Penitenciária do Distrito Federal 1 (PDF 1) relatavam ter lesões nos braços e nas pernas. Depois de pedidos da Justiça e do MPDFT, a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social iniciou o tratamento dos presos.

De acordo com a Secretaria de Segurança todas as seis unidades prisionais – Penitenciária do Distrito Federal I (PDF 1), Penitenciária do Distrito Federal II (PDF 2), Centro de Internamento e Reeducação (CIR), Centro de Detenção Provisória (CDP), Centro de Progressão Penitenciária (CPP) e Penitenciária Feminina (PFDF) – têm presos infectados. Até a semana passada eram 2.610 casos. No total, o sistema abriga hoje 15.311 detentos.

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