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Ex-marqueteiro de Bolsonaro diz que votará em Lula no 2º turno

Marcos Aurélio Carvalho, que atuou na campanha de Jair Bolsonaro em 2018, auxiliou candidatos do PT e do PSB nas eleições de 2022

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), faz seu discurso após a apuração das eleições 2022
1 de 1 O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), faz seu discurso após a apuração das eleições 2022 - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O publicitário Marcos Carvalho, que atuou na campanha de Jair Bolsonaro em 2018, pulou o muro nas eleições de 2022. Trabalhando em campanhas de candidatos do PT na Bahia e em Sergipe, ele disse à coluna que pretende votar em Lula no segundo turno da disputa presidencial deste ano.

Carvalho explicou que sempre teve uma família mais progressista e é próximo de lideranças de esquerda. Entre elas, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. Por esse motivo, o marqueteiro diz que, “sem dúvida”, votará no ex-presidente petista no segundo turno, em 30 de outubro.

“Sem dúvida nenhuma (votará no ex-presidente Lula)”, afirmou. “Minha base pessoal é mais progressista. E eu tenho grandes amigos na esquerda, o Carlos Siqueira. É uma relação mais próxima dos meus valores”, justificou.

Nas eleições deste ano, a nova empresa de Marcos Carvalho, a “Epon Brasil Estratégia”, trabalha em três campanhas, todas de candidaturas de esquerda. O maior contrato é com Jerônimo Rodrigues, candidato do PT ao governo da Bahia, que pagou R$ 660 mil pelo serviço do marqueteiro.

O publicitário também trabalhou nas campanhas do senador Rogério Carvalho (PT), que disputa o segundo turno ao governo do Sergipe, e na de Carlos Amastha (PSB) que tentou, sem sucesso, o Senado por Tocantins. Pelos serviços, recebeu, respectivamente, R$ 600 mil e R$ 360 mil.

Nas eleições de 2018, Marcos Carvalho era sócio-diretor da “AM4 Brasil Inteligência Digital”, empresa que foi a principal fornecedora da campanha de Bolsonaro. Seu contrato, segundo valores declarados à Justiça Eleitoral à época, foi de R$ 650 mil.

“Essa campanha de 2018 foi um desvio na rota. Muito mais para comprovar uma tese. Todo mundo estava muito ressentido pelo PT em 2018. Todo mundo muito influenciado pela Lava Jato”, disse o marqueteiro.

Após a campanha, o publicitário chegou a ser convidado para integrar a equipe de transição de Bolsonaro. Entretanto, após reclamações do vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho 02 do então presidente eleito, acabou se afastando do time.

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