Reguffe é o candidato preferido para o governo em 2018, diz pesquisa
Levantamento do Instituto Paraná feito a pedido do Metrópoles aponta que 23% da população votaria no senador do DF
atualizado
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José Antônio Reguffe (sem partido) só não será governador do Distrito Federal se não quiser. Se as eleições fossem hoje, o senador do DF receberia 23% das intenções de voto, com vantagem de 10,2 pontos percentuais em relação ao segundo colocado, Rodrigo Rollemberg (PSB). Os dados são de levantamento exclusivo realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas, a pedido do Metrópoles.
Embora exerça uma importante liderança nas intenções de voto do eleitorado candango, Reguffe garante que não vai concorrer ao GDF em 2018. Ele diz que ao se eleger em 2014 selou um compromisso com a população de permanecer no cargo por oito anos, duração do mandato de senador.
Fico feliz, acho que é um reconhecimento ao mandato que tenho feito, mas é zero a chance de eu ser candidato. Eu, ao contrário de outros, honro os compromissos que assumo e acho que os políticos brincam muito com eleitor. São candidatos a um cargo e, depois, vão para outro. Eu vou cumprir o mandato inteiro no Senado e honrar integralmente a procuração que a população do Distrito Federal me deu, como tenho honrado
Reguffe
Em terceiro lugar na pesquisa está o ex-deputado federal Jofran Frejat (PR), com 10,6% das intenções de votos. Frejat foi candidato ao Buriti nas eleições de 2014, quando recebeu 44,4% dos votos. O recall do ex-deputado ultrapassa em 4 pontos, pelo menos, políticos no exercício de seus mandatos, como a distrital Celina Leão (PPS), Rogério Rosso (PSD) e Alberto Fraga (DEM).
A pesquisa foi realizada entre 6 e 8 de agosto, portanto poucos dias antes do escândalo que acertou em cheio a imagem da presidente afastada da Câmara Legislativa, Celina. Antes da crise, ela aparecia em quarto lugar nas intenções de voto, com 6,3% da preferência dos eleitores, pouco mais do que performaram os deputados federais Rogério Rosso (6%) e Fraga (5,9%).
Reguffe é o preferido entre os eleitores homens, com ensino superior completo. Na segmentação por faixa de renda, sua melhor marca se dá entre as famílias que recebem acima de R$ 2.410. Já Rollemberg, por exemplo, tem uma vantagem no eleitorado com renda mais baixa (até R$ 1.446).
Dificuldade de Rollemberg
Outro dado da pesquisa demonstra que se as eleições fossem hoje, 68% dos brasilienses não votariam em Rodrigo Rollemberg. O dado converge para outros aspectos já revelados pelo mesmo levantamento. Após 20 meses de gestão do socialista, 48% da população do Distrito Federal considera a administração local ruim (15,5%) ou péssima (32,8%).
Em entrevista ao Metrópoles, o governador disse que é natural a população ter muitas expectativas por melhorias. No entanto, ele considera que a situação econômica do país e da cidade têm dificultado o cronograma do GDF, que não consegue implementar ações com a velocidade que gostaria.
A gente percebe que há uma tendência de reconhecimento da população do esforço que o governo vem fazendo para melhorar a qualidade de vida na cidade
Rodrigo Rollemberg
Levantamento
No levantamento atual, o Paraná Pesquisas ouviu 1.302 pessoas no DF entre os dias 6 e 8 de agosto. O índice de confiança do levantamento é de 95%, e a margem de erro, de 3%. Os entrevistados foram selecionados aleatoriamente para responder aos questionários, de acordo com cotas de sexo, idade e escolaridade.
*A pesquisa é do tipo estimulada, na qual os eleitores são apresentados a uma lista de possíveis candidatos.