Estilo Fraga de ser. Deputado metralha GDF e questiona balanço sobre violência no carnaval
Alberto Fraga (DEM) critica levantamento e diz que governo camufla a realidade da violência no DF
atualizado
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No mais autêntico estilo Fraga de ser, o deputado federal Alberto Fraga (DEM) divulgou nota no início da tarde desta sexta-feira (12/2) metralhando o balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social sobre a violência no carnaval do DF deste ano. “Mais do que camuflar a realidade da violência no DF, o levantamento reforça a postura do atual governo de ‘inventar fórmulas’ no sentido de amenizar problemas que não consegue resolver”, dispara o parlamentar.
Os números divulgados pelo Governo do DF na quarta (10) mostraram uma queda de 25% nas ocorrências em relação ao carnaval de 2015 e a confirmação de duas mortes. E foram celebrados como o “carnaval da paz”.No entanto, de acordo com Fraga, “o balanço ignora, por exemplo, as mortes violentas em que a vítima morreu a caminho do hospital ou durante o primeiro atendimento médico. Ora, são pessoas que levaram tiro, facada ou algum tipo de agressão que, num inquérito policial, vai ser encarada como homicídio.”
Fraga considera “curioso” o fato de as estatísticas excluírem os casos do rapaz morto na Funarte, por ser “pré-carnaval” e do soldado do Exército de 19 anos que esfaqueou dois homens dentro de um vagão do metrô na rodoviária do Plano Piloto. Segundo o deputado, a justificativa foi de que a área interna das estações não é de competência da Segurança Pública. “É óbvio que o objetivo foi um só: fugir da responsabilidade. Afinal é papel do Estado garantir a segurança do cidadão onde quer que ele esteja”, argumenta.
Outro fato que chamou a atenção do parlamentar, que é coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal, foi que o balanço teria deixado de fora os casos de furto de veículos, constando apenas as situações de roubo de veículos e furto ao interior de carros.
“Um governo sério deveria enfrentar problemas com planejamento e estratégias. Não com dados manipulados, que dão a falsa sensação de segurança. A população está sofrendo com o aumento da criminalidade e não vai ser enganada com informações que não correspondem com a realidade”, afineta.