Advogado garante que Gim Argello não fez acordo de delação premiada
Marcelo Bessa, que defende o ex-senador preso na última terça (12/4), negou a possibilidade de colaboração com a Justiça
atualizado
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O advogado do ex-senador pelo Distrito Federal Gim Argello (PTB), Marcelo Bessa, disse que o seu cliente não fez acordo de delação premiada na Operação Lava Jato. Na manhã deste domingo (17/4), o colunista Lauro Jardim, de O Globo, divulgou nota sobre suposto acordo de Gim com a Justiça. “Sou o advogado dele e asseguro que isso não é verdade”, afirmou Bessa ao Metrópoles.
Segundo a força-tarefa da Lava Jato, o ex-senador atuou de forma incisiva para evitar a convocação de empreiteiros na CPI da Petrobras. Com esse objetivo, cobrou pagamentos indevidos travestidos de doações eleitorais oficiais em favor dos partidos de sua base de sustentação. Os investigadores o acusam de ter recebido R$ R$ 5,3 milhões. Gim foi preso preventivamente na terça-feira (12).
Além do ex-senador, dois ex-assessores dele, Paulo Roxo e Valério Neves, foram detidos na última terça-feira (12), na mesma operação. Na sexta (15), o juiz Sérgio Moro mandou soltar ambos. Advogado de Paulo Roxo, Daniel Glieber informou à reportagem que um acordo de delação premiada está fora de cogitação. “Ele não teve qualquer participação em eventos ilícitos. Será ouvido apenas como testemunha”, disse.
Na sexta-feira, o juiz Sérgio Moro mandou soltar os dois ex-assessores de Gim. Para o magistrado, não havia “razão suficiente para a prorrogação da prisão temporária” e, por isso, os dois foram liberados. Ainda assim, Moro determinou que eles cumpram uma série de medidas restritivas, como a proibição de deixar o país, de mudar de endereço sem avisar à Justiça e de comparecer a todos os atos do processo.