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Como ajudar meu filho a ter autoestima e autoconfiança?

O que autoestima, felicidade, segurança e autonomia têm a ver com educação? Vem aqui que te explico

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criança escola
1 de 1 criança escola - Foto: iStock

Estou com oito meses de gravidez e uma pergunta recorrente que ouço é em relação ao futuro da minha filha. Perguntam-me se ela será empresária, se eu quero que ela siga meus passos e os do pai ou se será servidora pública.

A pressão é exercida de todos os lados, desde amigos, conhecidos, familiares e até mesmo pessoas que acabamos de conhecer. E não param na questão profissional. Ela perpassa por todos os assuntos: educação, preferência sexual, vida profissional, maternidade e até inteligência!

Se alguém me falasse que, aos oito meses de gestação, ouviria algumas dessas perguntas, eu não acreditaria.

Percebo o quanto é urgente sabermos lidar, enquanto pais, com tantas demandas ainda não existentes e deixarmos nossos filhos crescerem e a se desenvolverem a partir das suas próprias necessidades e gostos. Precisamos, urgentemente, nos blindarmos para que nossos filhos sejam pessoas com autoestima, felizes e seguras. Eles precisam de autonomia.

Talvez você me pergunte: o que autoestima, felicidade, segurança e autonomia têm a ver com educação?

“A autoestima é a qualidade de quem se valoriza, se contenta com seu modo de ser e demonstra, consequentemente, confiança em seus atos e julgamentos”, ensina o Houaiss. Assim, pergunto: como a criança desenvolverá confiança em seus atos e julgamentos se aquilo que ela julga importante ou interessante não pode ser escolhido por ela? Às vezes ela nem mesmo participa da decisão. Como ser feliz se o trabalho que ela faz não é aquilo que ela gosta, mas é uma imposição dos pais/família?

Não digo que não devemos dar opiniões e ajudar nossos filhos. Insisto que não é isso que proponho. Digo apenas que elas deverão ser dadas e devem vir acompanhadas de esclarecimentos, informações e exemplos. E cabe, na medida que a idade permitir, que nossos filhos decidam o que é melhor para eles.

Se eles forem muito pequenininhos, devemos tomar a decisão conscientes do que nos motiva e priorizamos e não daquilo que motiva e é priorizado pela sociedade.

Essa segurança, refletida em nossa tomada de decisão, impactará na educação dos nossos filhos.


Christiane Fernandes é pedagoga e psicopedagoga, especialista em dificuldades de aprendizagem pela Universidade de Brasília (UnB). É fundadora da Filhos – Educação e Aulas (www.filhosweb.com.br), empresa que atua na área de educação oferecendo aulas particulares em casa há 13 anos. Possui ainda MBA em Gestão Empresarial com Foco em Estratégia pela Fundação Getúlio Vargas.

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