Vítimas de massacre em Manaus começam a ser sepultadas
Já foram identificados 39 dos 56 presos assassinados durante a rebelião no Compaj
atualizado
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Os sepultamentos das vítimas do massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) começaram a ocorrer na manhã desta quarta-feira (4/1). Sob uma leve chuva, as cerimônias de seis detentos que tiveram os corpos liberados foram realizadas no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, no bairro Tarumã, zona oeste da capital amazonense.
O Instituto Médico Legal (IML) havia liberado dez corpos para retirada das famílias até a noite desta terça-feira (3) e outros 29 já haviam sido identificados; no total, 56 presos foram assassinados no Compaj entre o domingo (1º), e a segunda-feira (2), e outros quatro na unidade de Puraquequara, também em Manaus.
De forma silenciosa, familiares e amigos se despediram dos entes em cerimônias que não demoraram mais que trinta minutos e deixaram o cemitério sem contato com a imprensa. Sobre as covas, uma coroa de flores com uma faixa onde se lia “homenagem do governo do Estado do Amazonas”.
Próximo de onde as vítimas foram enterradas, coveiros abriam nesta quarta outras dezenas de espaços para sepultamento, mas negaram ter relação com as cerimônias e vítimas do massacre e disseram se tratar de atividade de rotina.