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Funcionária que autorizou voo da Chape pede asilo ao Brasil

Celia Castedo está na cidade de Corumbá (MS) e diz que sofre ameaças. Ela foi afastada de suas funções pelas autoridades bolivianas

atualizado

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celia castedo
1 de 1 celia castedo - Foto: Reprodução/Facebook

Celia Castedo, funcionária da Administração de Aeroporto e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia (Aasana), está no Brasil desde segunda-feira (5/12), em busca de asilo, se dizendo ameaçada. Ela atuava no aeroporto de Santa Cruz de la Sierra, e autorizou o plano de voo CP2933, do avião da LaMia, que transportava comissão técnica e jogadores da Chapecoense, além de jornalistas brasileiros.

A aeronave caiu na Colômbia, matando 71 pessoas. O acidente teria ocorrido por falta de combustível. A funcionária foi afastada das funções desde a última quinta-feira (1º). O Ministério Público Boliviano recebeu da Aasana notícia-crime por “não cumprimento de deveres” e “atentado contra a segurança dos transportes” contra Castedo.

A investigação começou no final da semana passada. Ela corre o risco de pegar até quatro anos de prisão, conforme divulgou o jornal El Deber, da Bolívia. Celia desembarcou na cidade de Corumbá (MS) e procurou a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.

“O plantonista disse que a mulher queria dar entrada no pedido de refúgio, que é comum aqui. Ele [plantonista] disse para esperar os funcionários chegarem e eles disseram que voltariam depois. Saíram dizendo que iriam ao Ministério Público Federal”, confirmou o delegado da PF Sergio Luis Macedo

Risco
Celia tem mais de 20 anos de experiência e as autoridades bolivianas querem descobrir por que com tanto tempo de conhecimento na área, acabou autorizando o voo. O plano demonstrava risco porque deveria haver mais uma parada para reabastecimento.

Autoridades bolivianas também investigam tráfico de influência e indícios de irregularidades na fiscalização da empresa LaMia e ao voo da Chapecoense. Um ex-diretor da Direção Geral da Aeronáutica Civil, Gustavo Steven Vargas, seria filho do diretor-geral da LaMia e ex-piloto do grupo aéreo da presidência, Gustavo Vargas Gamboa.

 

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