Tema de festa em escola debocha de garis e atendentes de supermercado
As fotos do evento ganharam as redes sociais e foram duramente criticadas
atualizado
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Faxineiro, atendente de supermercado, churrasqueiro, mecânico, gari… Todas profissões dignas, correto? Não tanto para os alunos do Instituição Evangélica de Novo Hamburgo (IENH), no Rio Grande do Sul.
Em uma festa que teve como tema “Se nada der certo”, os estudantes se vestiram como empregados de trabalhos que foram considerados “alternativos”, no caso da vida profissional deles não ter o sucesso que esperam.
As fotos do evento, que aconteceu no dia 17 de maio, ganharam as redes sociais e foram duramente criticadas pela forma como, na opinião dos usuários, ridicularizaram aqueles que vivem desses serviços.
Estudantes secundaristas de classe média dando uma festa “se nada mais der certo” em que vão fantasiados de profissões “não valorizadas”.
— Doni (@donizett1) 5 de junho de 2017
tem que ser muito privilegiado pra achar que “se nada der certo” (se vc não conseguir um emprego valorizado) é só arrumar um subemprego
— fanfic do faustão (@goticosuave) 5 de junho de 2017
“Se nada der certo”. Pô, os cara tem a vida ganha, não desmerecem o trampo de quem realmente dá valor ao que tem!!!!! pic.twitter.com/XuSClkKJAt
— Gabriel (@goldddschalk) 4 de junho de 2017
Colégio Marista com recreio temático “se nada der certo”. Alunos vestindo uniforme do mc, de empregada, de lixeiro… eu to com NOJO
— LUANA CARVALHO ?? (@lxcarvalho) 5 de junho de 2017
a pior parte desse evento do “se nada der certo” é q essa gente considera q não ter uma profissão glamourosa significa “dar errado na vida”
— bu (@dedeikjsf) 5 de junho de 2017
“se nada der certo, viro trabalhador”: Colégio Marista Champagnat aprova evento elitista dos estudantes. nota zero em ensino de humanidade. pic.twitter.com/6OVusz9MIy
— Leozeras (@LeoSilves) 5 de junho de 2017
Nota de esclarecimento
A escola divulgou uma nota de esclarecimento em sua página do Facebook. No texto, a instituição afirma que “em momento algum teve a intenção de discriminar determinadas profissões, até porque muitas delas fazem parte do próprio quadro administrativo e são essenciais para o bom funcionamento da Instituição”.Segundo a escola, “o objetivo principal dessa atividade foi trabalhar o cenário de NÃO APROVAÇÃO NO VESTIBULAR, de forma alguma foi fazer referência ao ‘não dar certo na vida'”, pedindo desculpas pelo mal entendido.