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Sogra de chefe da F1 é libertada de cativeiro

Os bandidos exigiram o pagamento de € 168 milhões em dólares, para libertá-la, no entanto a polícia encontrou o cativeiro e libertou a vítima

atualizado

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1 de 1 berniee - Foto: Reprodução

Aparecida Schunck Flosi Palmeira, de 67 anos, sogra de Bernie Ecclestone, presidente da empresa que administra a Fórmula 1, foi libertada neste domingo, 31, de um cativeiro. Dois bandidos foram presos e não houve pagamento de resgate. Ela foi sequestrada no dia 22 de julho. Os bandidos exigiram o pagamento de € 168 milhões para libertá-la. A pedido da família, o jornal O Estado de S. Paulo não havia divulgado o sequestro.

A vítima é mãe de Fabiana Ecclestone, com quem Bernie se casou em agosto de 2012. Ela trabalhou em uma empresa responsável pelo marketing do GP Brasil de Fórmula 1, onde conheceu o empresário em 2009. Hoje, o casal vive em Londres. Aparecida era costureira e mora na zona sul, perto do Autódromo de Interlagos.

Os sequestradores mantinham contato com família apenas por e-mail e pediram inicialmente € 168 milhões. Desse total, parte teria de ser paga em real (R$ 5 milhões) e outra em dólares (US$ 5 milhões). Segundo a Revista Forbes, Bernie Ecclestone tem um fortuna avaliada em US$ 3,1 bilhões, cerca de R$ 10 bilhões. Caso a família concordasse em pagar o resgate, ele seria o maior já pago na história dos sequestros no Brasil.

A ação dos bandidos começou às 13h30 de sexta-feira. Dois homens tocaram o interfone da casa de Aparecida. Eles anunciaram que estavam ali para fazer a entrega de móveis que a sogra de Bernie aguardava. De fato, Aparecida devia receber móveis que seriam entregues em sua casa. Por isso, ela se adiantou às duas funcionárias da casa e foi abrir o portão. Acabou dominada pelos criminosos.

Além dela, os bandidos dominaram as duas empregadas domésticas da família: Maria das Graças Gomes de Matos, de 34 anos, e Gilvaneide Rosa de Oliveira, de 36 anos. Os bandidos disseram que se tratava de um sequestro e afirmaram que a ação era uma “fita dada”. Ou seja, que alguém lhes havia passado as informações sobre a vítima.

Um dos bandidos é um homem branco, que parecia ter entre 30 e 35 anos. Ele media, segundo as testemunhas, cerca de 1,75 metro de altura e estava vestindo uma calça jeans e um moletom cinza. Usava ainda um bigode ralo, era magro e tinha na mão direita um sol colorido tatuado. O outro criminoso tinha a pele parda e aparentava entre 18 e 20 anos. Ele vestia calça tactel preta e blusa vermelha.

Segundo as empregadas contaram aos policiais da Divisão Antissequestro (DAS), os criminosos entraram na casa pela cozinha. De Maria das Graças, os bandidos levaram o telefone celular. Eles mantiveram as duas em um cômodo da casa. Os bandidos obrigaram então Aparecida a entrar no Fiesta da família e fugiram com a vítima.

O carro foi encontrado mais tarde pela polícia na Rodovia Raposo Tavares, na região do Rio Pequeno, na zona oeste de São Paulo. A perícia foi chamada para examinar o veículo em busca de provas contra os criminosos. A família avisou a polícia. Primeiro por meio do 102º Distrito Policial, a delegacia do bairro, que registrou o caso. Depois, foi a vez da DAS ser informada.

Desde então, o caso passou a ser investigado pela Divisão Antissequestro. À família, os sequestradores exigiram que a imprensa e a polícia fossem mantidos afastados do caso. Policiais da DAS estiveram na casa da família e tentaram obter as imagens das câmeras de segurança da casa – um sistema grava imagens internas e externas do imóvel – a família, no entanto, não dispunha da senha para entregar as imagens aos policiais.

Quando a polícia tentava obter acesso às imagens, a família recebeu a primeira mensagem dos bandidos. Por meio de um e-mail, eles fizeram o pedido de resgate. A polícia começou a rastrear o e-mail para tentar localizar os criminosos. Para a cúpula da Polícia Civil, é quase certa a participação de algum conhecido ou ex-funcionário da vítima. Teria sido essa pessoa quem entregou aos bandidos as informações sobre a encomenda dos móveis.

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