Dilma usa rede de rádio e TV para pedir engajamento de todos no combate ao zika
A presidente insistiu que a principal forma de combater o mosquito é evitar o nascimento do inseto
atualizado
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Em cadeia nacional de rádio e televisão, a presidenta Dilma Rousseff fez, na noite desta quarta-feira (3), uma convocação a todos os brasileiros para que se engajem no que chamou de “luta urgente” contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus zika.
Por meio de uma gravação em vídeo, exibida em todos os canais abertos de televisão, Dilma insistiu que o “principal instrumento” de combate ao mosquito é evitar o nascimento do inseto. No pronunciamento, ela disse que queria transmitir uma “palavra especial de conforto” às mulheres grávidas, garantindo que o governo federal fará “absolutamente tudo” para apoiar as crianças atingidas por microcefalia, malformação em bebês que está relacionada ao vírus.
“A guerra contra o mosquito transmissor do zika é complexa, porque deve ser travada em todos os lugares e, por isso, exige engajamento de todos. Se nos unirmos, a maneira de lutar se torna simples. Não podemos admitir a derrota porque a vitória depende da nossa determinação em eliminar os criadouros”, afirmou a presidenta.
Usando palavras como “repito” e “insisto” para enfatizar o apelo, Dilma pediu “cuidado contínuo” aos cidadãos: “em nossas casas, em nosso trabalho, nas nossas escolas, nos logradouros públicos, em todos os lugares, para que estes não se transformem em lares para o mosquito transmissor do vírus zika”.
“O governo está colocando todos os recursos financeiros, tecnológicos e humanos necessários nesta luta em defesa da vida”, acrescentou a presidenta. Ela mencionou, em seguida, parcerias internacionais que o governo brasileiro tem feito para o desenvolvimento de vacina contra o zika “o mais depressa possível”. Uma das pesquisas já foi acertada com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Panelaço
Moradores de vários bairros de São Paulo fizeram na noite desta quarta-feira, 3, panelaço contra a presidente Dilma Rousseff, que fez um pronunciamento de seis minutos em cadeia de rádio e TV para falar da transmissão de doenças pelo Aedes aegypti, sobretudo a zika. Mas as manifestações foram mais fracas em comparação com as convocadas no auge da crise política
Na noite desta quarta-feira, 3, foram registrados panelaços em Higienópolis, Santa Cecília, Consolação, no centro, em Pinheiros, Alto da Lapa e Vila Romana, na zona oeste, e no Jardim Marajoara, na zona sul. Em alguns bairros, foi registrado também buzinaço.
Em Brasília, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro também foram registrados panelaços.