Protesto pró-Dilma tem confronto com a polícia em São Paulo
A Polícia Militar usou bombas para conter o grupo na Avenida Paulista. Os manifestanes são contra o afastamento de Dilma e contra o governo de Michel Temer
atualizado
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Uma manifestação contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff , na Avenida Paulista, em São Paulo, acabou em confusão com a Polícia Militar nesta segunda-feira (29/8). A PM utilizou bombas de gás lacrimogêneo para conter os manifestantes. A convocação foi feita pela Frente Brasil Popular e do Povo sem medo.
Segundo a PM, a corporação agiu dessa forma porque não teve informação prévia do itinerário do grupo. Enquanto caminhavam em direção ao bairro de Paraíso, eles foram parados pelos policiais próximos ao Museu de Arte de São Paulo. No local, após serem atingidos pelas bombas de gás, os manifestantes colocaram fogo em lixo e fizeram uma barreira.No Rio de Janeiro teve protesto e a polícia não fez intervenção
Cerca de 300 pessoas estavam reunidas por volta das 19h desta segunda-feira, 29, num ato contra o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, em frente à Igreja da Candelária, no centro do Rio. O protesto foi convocado por organizações que compõem a Frente Brasil Popular, como sindicatos, associações de estudantes e movimentos sociais que defendem os direitos de minorias.
Os manifestantes gritam “Fora Temer” e defendem a permanência de Dilma na Presidência. O número de manifestantes não é muito grande porque a transmissão do interrogatório de Dilma no Senado, iniciada de manhã e que deve ir até o fim da noite, “roubou” público, acredita a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), que participa do protesto. Os participantes planejam seguir pela Avenida Rio Branco em passeata.
“Nosso objetivo é fazer mobilizações todos os dias. Muita gente não veio porque está acompanhando (a sessão no Senado) pela TV. Dilma está se saindo muito bem, segura e firme. O fato de estar acompanhada de amigos, como Lula, seus ministros e o Chico Buarque a deixa confortável. Ela não deixa nenhuma pergunta sem resposta. Está lá por respeito à democracia, ao contrário de quem quer tirá-la da presidência. A receptividade está sendo boa”, avaliou Benedita da Silva.
(Com informações da Agência Estado)