“Algumas autoridades destruíram o emprego”, diz Bolsonaro sobre pandemia
Presidente divulgou vídeo no qual diretor-geral da OMS defende que saúde e economia são “inseparáveis”
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) divulgou um pronunciamento nas redes sociais no qual volta a defender que saúde e economia “caminham juntas” e que algumas autoridades “destruíram o emprego no Brasil”.
Na publicação deste domingo (23/8), o chefe do Executivo também inseriu trecho do discurso de Tedros Adhanom, diretor geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), no qual ele defende que as duas áreas são “inseparáveis”.
Bolsonaro inicia a fala rememorando entrevista concedida na porta do Palácio da Alvorada em março, quando relacionou, pela primeira vez, os prejuízos econômicos às mortes por coronavírus.
“Você se lembra, em março deste ano, quando eu disse que tínhamos dois problemas graves pela frente: o vírus e o desemprego, e que ambos deveriam ser tratados simultaneamente e com a mesma responsabilidade?”, perguntou. E prosseguiu: “Não é apenas a questão de vida, é a questão de economia também, é a questão de emprego. Se o emprego continuar sendo destruído da forma como está sendo, mortes virão, outras, por outros motivos”.
A edição do vídeo inseriu uma declaração recente de Adhanom, feita em meados de agosto, na qual o diretor aborda os aspectos econômicos.
“Não precisamos escolher entre vidas e bens, ou entre saúde e economia. Essas são escolhas falsas. Pelo contrário, a pandemia é a prova de que saúde e economia são inseparáveis”.
Segundo o presidente, são de governantes estaduais e municipais a responsabilidade sobre o avanço do desemprego. “O governo federal fez a sua parte para que pequenas e médias empresas conseguissem manter seus empregados, bem como criou o auxílio emergencial de R$ 600, que durou por cinco meses. Esse valor pode não ser muito para quem o recebe, mas é muito para o Brasil, que gasta, por mês, R$ 50 bilhões”, destacou.
Por fim, encerrou pedindo o retorno das atividades, o que já ocorre na maioria das cidades brasileiras, com algumas exceções, como escolas, universidades e setor cultural. “O momento é de abrir o comércio com responsabilidade, voltar à normalidade e resgatar os empregos”, finalizou.