Temer descarta mudanças no FGTS, direito que completou 50 anos
“Não há nenhum pensamento a respeito dessa matéria no governo”, afirmou Temer, sobre ações do governo no sentido de mudar as condições do benefício que completou 50 anos nesta terça-feira (13/9)
atualizado
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Em mais uma tentativa de rebater o que considera “inverdades” a respeito de ações do governo, o presidente Michel Temer publicou um vídeo na manhã desta quarta-feira (14/9) em razão dos 50 anos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), completados ontem, em que descarta mudanças no benefício, “De vez em quando se divulgou que quem tivesse perdido seu emprego por despedida injusta não poderia sacar os valores do FGTS. Não é verdade. Esse é o primeiro esclarecimento que quero fazer. Não há nenhum pensamento a respeito dessa matéria no governo”, afirmou. “O FGTS continuará exercendo seu papel como vem exercendo ao longo do tempo”, completou.
Segundo o presidente, nesses 50 anos de existência, os valores que ingressam nos cofres públicos por meio do FGTS “foram utilíssimos para a ampliação da moradia no País”. “Até 2019 serão aplicados mais de R$ 218 bilhões em habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana, em mais de quatro mil municípios”, disse, ressaltando que 73% dos municípios brasileiros já tiveram obras financiadas pelos recursos do FGTS.O presidente disse ainda que os recursos do fundo, por meio de obras realizadas pelo Fundo de Investimentos (FI-FGTS), continuarão a ser usados em projetos que estimulem o crescimento econômico e o maior acesso da população a serviços públicos. “Nós vamos continuar a utilizar esses recursos para ampliar saneamento, ampliar moradia e ampliar outras atividades do poder público.”
Defesa
Hoje cedo, em evento no Palácio do Planalto, Temer fez um duro discurso em defesa das ações do governo e disse que não seria “idiota” para chegar ao poder e retirar direito dos trabalhadores. “Não é o que se alardeia ou que se divulga, então se deixa de reproduzir a verdade dos fatos e isso cria problemas para nós. Porque, convenhamos, isso é desagradável de imaginar – que nós somos um governo cidadão que, com o perdão da palavra tão estupidificada, tão idiota, chega ao poder para restringir os direitos dos trabalhadores, para acabar com saúde, para acabar com educação.”
Temer aproveitou uma cerimônia de ações de gestão para a melhoria da saúde pública para pedir também que parlamentares usem as tribunas do Congresso para defenderam o governo. Em um momento exaltado, Temer disse que era preciso “desmentir uma versão que corre pelas ruas que nosso governo tem como objetivo central destruir a saúde e a educação”.