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STF autoriza terceiro inquérito para investigar Cunha na Lava Jato

Suspeita da PGR é que ele tenha solicitado e recebido propina de construtoras investigadas

atualizado

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Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Eduardo Cunha
1 de 1 Eduardo Cunha - Foto: Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, nessa segunda-feira (7/3), a abertura de um terceiro inquérito para investigar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no âmbito da operação que apura o esquema de corrupção na Petrobras. Ele atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que deseja investigar o envolvimento do deputado em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. As informações são do G1.

Neste novo inquérito, a suspeita da Procuradoria-Geral da República (PGR) é que Cunha tenha solicitado e recebido propina do consórcio formado por Odebrecht, OAS – ambas investigadas na Lava Jato – e Carioca Christiani Nielsen Engenharia – que atuava na obra do Porto Maravilha. O montante chegaria a R$ 52 milhões e os recursos seriam vantagens indevidas pela aquisição de títulos da prefeitura do Rio de Janeiro pelo Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS).

A investigação se baseia nas delações premiadas dos empresários da Carioca Engenharia, Ricardo Pernambuco Júnior, e do pai dele, Ricardo Pernambuco. Ambos citaram que o presidente da Câmara teria recebido propina no valor de 1,5% dos títulos comprados pelo FI-FGTS, paga em 36 parcelas. A primeira transferência de dinheiro teria sido feita no Israel Discount Bank no valor de quase US$ 4 milhões.

Além de autorizar a abertura de um novo inquérito, Zavascki permitiu a coleta de provas. Cunha afirmou ao G1 que não conhece a peça da PGR e que, por isso, não teria como se manifestar.

Quebra de decoro parlamentar
Também nessa segunda, Cunha foi notificado sobre a decisão do Conselho de Ética da Câmara de dar prosseguimento ao processo disciplinar que apura se ele quebrou o decoro parlamentar. A confirmação da suspeita pode resultar em cassação do mandato do parlamentar. Com informações do G1.

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