STF autoriza quebra de sigilos bancário e fiscal de Eduardo Cunha
Mulher, filha e pelo menos três empresas do parlamentar também terão dados fiscais analisados. Decisão foi do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo
atualizado
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O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a quebra de sigilos bancário e fiscal do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de sua mulher, Cláudia Cruz, e de sua filha, Danielle Dytz Cunha. Pelo menos três empresas da família também serão analisadas, todos no período de 2005 a 2014. As informações foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (8/1).
A decisão foi do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A família é alvo de investigação no STF suspeita de ter mantido contas secretas no exterior que teriam sido alimentadas com recursos desviados da Petrobras.Ainda segundo a Folha, parte dos dados fiscais da família Cunha foi enviada aos procuradores da Lava Jato e embasa os mandados de busca e apreensão cumpridos na residência oficial, em Brasília, e em endereços relacionados ao presidente da Câmara no último dia 15.
De acordo com a reportagem, Cunha minimizou a quebra de sigilo pelo STF e afirmou que a decisão é antiga.
Aumento patrimonial incompatível
Um relatório da Receita Federal aponta ainda indícios de aumento patrimonial incompatível com os rendimentos da família do parlamentar. O documento indica valores considerados como aumento patrimonial “a descoberto” que, juntos, totalizam R$ 1,8 milhão entre 2011 e 2014.
A Receita Federal também analisa informações fiscais das empresas da família. Em relação à filha de Cunha, foi detectado um aumento de sete vezes no patrimônio, em valores nominais. Com informações da Folha de S. Paulo.