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Senador Delcídio Amaral é preso acusado de atrapalhar investigações da Lava Jato

Prisões foram autorizadas pelo STF na manhã desta quarta (25/11). É a primeira vez que um senador é preso em exercício do cargo

atualizado

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Geraldo Magela /Agência Senado
CAE – Comissão de Assuntos Econômicos
1 de 1 CAE – Comissão de Assuntos Econômicos - Foto: Geraldo Magela /Agência Senado

O senador Delcídio Amaral (PT-MS) foi preso na manhã desta quarta-feira (25/11). Ele teria sido flagrado na tentativa de destruir provas contra ele e prejudicar as investigações da Operação Lava Jato. A prisão foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

É a primeira vez que um senador é preso em exercício do cargo, uma vez que a Constituição só permite a prisão de parlamentar em flagrante. Em caso de obstrução de investigação, a Justiça considera como crime permanente.

A prisão de Delcídio é resultado de uma operação deflagrada pela Polícia Federal, que também tem como alvo empresários. As ações foram autorizadas pelo Supremo. Não se trata de uma fase da Lava Jato tocada em Curitiba, na 1ª instância. Também foi preso o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, que estaria envolvido nas irregularidades.

O senador foi preso no hotel Golden Tulip, onde mora em Brasília, mesmo local onde na terça-feira (24) a PF prendeu o empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Também foram realizadas buscas e apreensões no gabiente de Delcídio, no Congresso Nacional. Além do senador, a PF prendeu o chefe de gabinete dele, Diogo Ferreira, e um advogado ligado ao parlamentar. O banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, também foi preso e estaria envolvido nas irregularidades.

Envolvimento
Delcídio havia sido citado em depoimento do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró durante as investigações. Ele estaria envolvido em um suposto esquema de desvio de recursos envolvendo a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Ele também foi citado na delação do lobista Fernando Baiano, apontado pela Lava Jato como operador de propinas no esquema de corrupção instalado na Petrobras entre 2004 e 2014. Fernando Baiano disse que o senador teria recebido US$ 1,5 milhão em espécie na operação de compra da Refinaria de Pasadena.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que, pela manhã, o ministro Teori Zavascki convocou uma reunião extraordinária da Turma do STF dedicada à Lava Jato. A reunião da Corte será reservada – algo raro.

De acordo com fonte no tribunal, a sessão foi marcada pelo presidente da Turma, ministro Dias Toffoli, a pedido de Teori, relator dos casos relativos ao esquema de corrupção na Petrobras. Com informações da Agência Estado.

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