Senado escolhe comissão especial do impeachment nesta segunda-feira
Os partidos já indicaram os nomes para compor a comissão e a quantidade de integrantes está relacionada ao tamanho das bancadas. PMDB terá cinco senadores. PSDB e PT terão quatro
atualizado
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O plenário do Senado elege nesta segunda-feira (25/4) os 42 membros – 21 titulares e 21 suplentes – da comissão especial que analisará o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A votação está marcada para começar às 14h.
Os partidos já indicaram os nomes para compor a comissão. A quantidade de integrantes está relacionada ao tamanho das bancadas. O PMDB, por exemplo, por ter mais parlamentares, terá cinco senadores. Os blocos do PSDB e do PT terão quatro integrantes cada.A polêmica aparece na indicação para a relatoria do processo. O PSDB, segundo maior bloco do Senado, quer indicar Antônio Anastasia (PSDB-MG) para a função – o que vem sendo criticado por senadores do PT desde que foi anunciado. O tucano seria responsável por elaborar um parecer sobre a admissibilidade ou não do processo. De acordo com o PT, a relatoria do processo não pode ficar nem nas mãos da legenda nem do PSDB.
Para a presidência da comissão, o PMDB indicou o senador Raimundo Lira (PMDB-PB). O nome foi bem aceito por parlamentares da oposição e do governo.
Processo
A partir da instalação da comissão, o relator tem 10 dias úteis para elaborar um parecer. O documento é votado na comissão e depois no plenário. Caso os parlamentares aceitem a denúncia, Dilma será afastada por 180 dias.
O vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume o cargo nesse período. É necessária maioria simples em uma sessão com, no mínimo, 41 parlamentares para que a presidente seja afastada.
Se isso ocorrer, inicia-se a fase de coleta de provas, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, assume a condução do processo. Dilma terá direito de apresentar defesa. O julgamento final será no Senado. Neste caso, são necessários dois terços dos senadores, ou seja, 54, para que ela perca o cargo definitivamente. (Com informações do G1)
Senadores indicados para a comissão:
PMDB (cinco vagas)
Titulares
- Raimundo Lira (PB)
- Rose de Freitas (ES)
- Simone Tebet (MS)
- José Maranhão (PB)
- Waldemir Moka (MS)
Suplentes
- Hélio José (DF)
- Marta Suplicy (SP)
- Garibaldi Alves (RN)
- João Alberto Souza (MA)
- Dário Berger (SC)
PSDB, DEM e PV (quatro vagas)
Titulares
- Aloysio Nunes (PSDB-SP)
- Antônio Anastasia (PSDB-MG)
- Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
- Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Suplentes
- Tasso Jereissati (PSDB-CE)
- Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
- Paulo Bauer (PSDB-SC)
- Davi Alcolumbre (DEM-AP)
PT e PDT (quatro vagas)
Titulares
- Lindbergh Farias (PT-RJ)
- Gleisi Hoffmann (PT-PR)
- José Pimentel (PT-CE)
- Telmário Mota (PDT-RR)
Suplentes
- Humberto Costa (PT-PE)
- Fátima Bezerra (PT-RN)
- Acir Gurgacz (PDT-RO)
- João Capiberibe (PSB-AP)*
*O PT cedeu uma vaga de suplência ao PSB.
PTB, PR, PSC, PRB e PTC (duas vagas)
Titulares
- Wellington Fagundes (PR-MT)
- Zezé Perrella (PTB-MG)
Suplentes
- Eduardo Amorim (PSC-SE)
- Magno Malta (PR-ES)
PP e PSD (três vagas)
Titulares
- José Medeiros (PSD-MT)
- Ana Amélia Lemos (PP-RS)
- Gladson Cameli (PP-AC)
Suplentes
- Otto Alencar (PSD-BA)
- Sérgio Petecão (PSD-AC)
- Wilder Moraes (PP-GO)
PSB, PPS, PC do B e Rede (três vagas)
Titulares
- Fernando Bezerra (PSB-PE)
- Romário (PSB-RJ)
- Vanessa Grazziotin (PC do B-AM)
Suplentes
- Roberto Rocha (PSB-MA)
- Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
- Cristovam Buarque (PPS-DF)