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Rosso chama líderes para definir sessão sobre relatório do impeachment

A base governista tem sinalizado que pode entrar com ação na Justiça questionando procedimentos na condução dos trabalhos, como depoimentos prestados antes da entrega da defesa de Dilma

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Gustavo Lima/Câmara dos Deputados
rogério rosso
1 de 1 rogério rosso - Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados

Na véspera da apresentação do relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente da comissão que analisa o pedido, Rogério Rosso (PSD-DF), chamou líderes partidários para acertar detalhes sobre a sessão marcada para as 14h de amanhã (5). A proposta é escolher o horário e o tempo que cada parlamentar terá para se manifestar, e definir se o colegiado vai se reunir no final de semana para esgotar os debates e votar, definitivamente, o texto na segunda-feira (11/4), prazo final para os trabalhos da comissão.

A base governista tem sinalizado que pode entrar com ação na Justiça questionando procedimentos na condução dos trabalhos, como depoimentos prestados antes da entrega da defesa de Dilma. Se isso não ocorrer, o calendário ajustado por Arantes e Rosso tende a ser cumprido. Os parlamentares querem otimizar o tempo.

Pelo Regimento da Câmara, cada um dos 130 integrantes da comissão (65 titulares e 65 suplentes) teria 15 minutos para falar sobre o parecer. Como pode haver um pedido de vista do parecer, o debate só poderia ser iniciado duas sessões depois da leitura das conclusões de Jovair Arantes, ou seja, a partir de sexta-feira (8).

Para dar tempo para que todos se pronunciem – em uma comissão que teve todas as reuniões marcadas por bate-bocas e tumulto – Rosso admitiu a possibilidade das discussões de sexta-feira se estenderem até domingo. A ideia é chegar na segunda (11) com a única missão de votar o texto e encaminhá-lo ao plenário da Câmara, onde, para aprovação ou rejeição do relatório são necessários dois terços dos votos da Casa.

Cerca de 30 minutos depois de iniciada a reunião, que ocorre a portas fechadas, o líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), ao deixar a sala por alguns instantes, disse que não há ainda acordo sobre qualquer dos pontos. “O debate está muito acirrado. O governo quer protelar ao máximo”, disse, e voltou para a sala. Alguns líderes disseram que os debates não deveriam se estender até o final de semana.

Protesto
Organizado pelo partido Solidariedade, três pessoas fizeram na tarde desta terça-feira, no Salão Verde da Câmara dos Deputados, um rápido protesto contra a negociação de cargos pelo Palácio do Planalto em troca de apoio contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Vestindo uma máscara do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um dos manifestantes segurava uma espécie de bandeja por meio da qual simulava um “balcão” de compra de votos, intitulado por eles como “Mascate do Impeachment – Compro Voto”.

Outra manifestante distribuía reais “pixulecos” e “petro dólares” com imagens de Lula, Dilma e do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso após ser condenado, em primeira instância, por envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

Vestido com uma capa vermelha (cor do PT) e uma máscara do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, um terceiro manifestante carregava um cartaz em que estava escrito: “Dilma, obrigado pela nomeação da minha filha desembargadora/RJ (sic)”.

O protesto era uma referência à nomeação feita por Dilma ainda em 2014 de Letícia Mello, filha do ministro do STF, para o cargo de desembargadora do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região. Ela foi nomeada aos 37 anos, após ser a mais votada em lista tríplice enviada pelo tribunal à presidente.

Nesta terça-feira, Marco Aurélio determinou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceite pedido de impeachment contra o vice-presidente da República, Michel Temer, e instale uma comissão especial para analisar o processo. Cabe recurso ao plenário do STF da decisão monocrática do ministro.

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