PGR denuncia Aécio Neves por corrupção passiva e obstrução da Justiça
Rodrigo Janot assinou o pedido nesta sexta-feira (2/6), no âmbito da Operação Patmos, um desdobramento da Lava Jato
atualizado
Compartilhar notícia
A procuradoria-geral da República (PGR) apresentou denúncia contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB) pelos crimes de corrupção passiva e obstrução da Justiça. Rodrigo Janot assinou o pedido nesta sexta-feira (2/6), no âmbito da Operação Patmos, um desdobramento da Lava Jato.
A irmã de Aécio, Andrea Neves, o primo Frederico Pacheco e o advogado Mendherson Souza Lima também foram denunciados, mas apenas pelo crime de corrupção passiva. Os três foram presos na Operação Patmos, deflagrada em 18 de maio.
Essa é a primeira denúncia oferecida contra Aécio, que responde a outros sete inquéritos no Supremo, cinco em decorrência da delação de executivos da Odebrecht e outros dois do esquema de corrupção em Furnas e de intervenção durante a CPI dos Correios, em 2005.
O ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, relator do caso irá analisar o pedido e decidir se Aécio vai virar réu pelas acusações.
Multa
No pedido, Rodrigo Janot estabeleceu que seja aplicada uma multa de R$ 6 milhões ao senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e sua irmã Andrea Neves por danos morais e materiais.
Na peça, Janot diz que Aécio usou o cargo de senador para solicitar “recebimento de vantagem indevida de R$ 2 milhões” e que o empresário Joesley Batista, dono da JBS, teria um “histórico de pagamento de vantagens indevidas” ao tucano.
A “vantagem indevida” teria sido paga em quatro parcelas de R$ 500 mil nos dias 05, 12 e 19 de abril e 03 de maio ao primo de Aécio, Frederico Pacheco, e ao assessor do senador Zezé Perrela (PMDB-MG), Mendherson Souza Lima. (Com informações da Agência Estado)