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PF faz operação contra donos do avião em que morreu Eduardo Campos

Investigação constatou que empresas de fachada, constituídas em nome de “laranjas”, realizavam diversas transações, inclusive com grupos já investigados no bojo da Lava Jato. Esquema movimentou R$ 600 milhões

atualizado

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eduardo campos
1 de 1 eduardo campos - Foto: PSB

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (21/6) a Operação Turbulência, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro que atuava em Pernambuco e Goiás e que teria movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010.

Cerca de 200 policiais federais dão cumprimento a 60 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão, 22 de condução coercitiva e cinco de prisão preventiva. Também estão sendo cumpridos mandados de indisponibilidade de contas e sequestro de embarcações, aeronaves e helicópteros dos principais membros da organização criminosa.

Até o início desta manhã, quatro dos cinco mandados de prisão já haviam sido cumpridos. João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho e Eduardo Freire Bezerra Leite foram presos quando desembarcavam em São Paulo e encaminhados a Recife.

Já Apolo Santana Vieira e Arthur Roberto Lapa Rosal foram detidos na capital pernambucana. O quinto mandado, ainda em aberto, é para Paulo César de Barros Morato.

Apolo Santana e João Carlos Lyra são empresários em Pernambuco e compraram o jato Cessna. Esse avião transportava o ex-governador de Pernambuco e então candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, em seu acidente fatal. O avião se acidentou em Santos, em agosto de 2014.

A previsão é que eles prestem depoimento na sede da PF em Recife. Depois, devem ser encaminhados ao Centro de Triagem (Cotel). Os envolvidos responderão, na medida de seu grau de participação no esquema criminoso, pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Investigação
A investigação iniciou a partir da análise de movimentações financeiras suspeitas detectadas nas contas de algumas empresas envolvidas na aquisição da aeronave Cessna Citation PR-AFA.

A PF constatou que essas empresas eram de fachada, constituídas em nome de “laranjas”, e que realizavam diversas transações entre si e com outras empresas fantasmas, inclusive com algumas empresas investigadas no bojo da Operação Lava Jato.

Há suspeita de que parte dos recursos que transitaram nas contas examinadas serviam para pagamento de propina a políticos e formação de “caixa dois” de empreiteiras. O esquema criminoso sob apuração encontrava-se ativo, no mínimo, desde o ano de 2010.

Os mandados judiciais estão sendo cumpridos em 16 cidades pernambucanas, além do Aeroporto de Guararapes: Boa Viagem, Vitória de Santo Antão, Pau Amarelo, Imbiribeira, Piedade, Cordeiro, Espinheiro, Alto Santa Terezinha, Barra de Jangada, Ibura, Moreno, Várzea, Lagoa de Itaenga, Pina, Muribeca e Prazeres. (Com informações do G1)

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