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Operação da PF mira JBS, Friboi e doleiro ligado a Eduardo Cunha

Policias saíram às ruas na manhã desta sexta-feira (1º/7) para cumprir mandados no DF e nos estados de São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro

atualizado

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Polícia Federal PF lava jato
1 de 1 Polícia Federal PF lava jato - Foto: Divulgação

A Polícia Federal deflagrou uma operação na manhã desta sexta-feira (1º/7) vinculada à Lava Jato. O doleiro Lucio Funaro, ligado ao presidente afastado da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi preso. Além disso, há mandados de busca e apreensão nas empresas JBS e Friboi.

Policiais saíram às ruas para cumprir mandados nos estados de São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. A ação tem origem em duas delações premiadas: a do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto e a do ex-diretor de Relações Institucionais do Grupo Hypermarcas Nelson Mello.

O lobista Milton Lyra, ligado ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também é alvo da nova fase da Operação Lava Jato. Há mandado de busca e apreensão em endereços dele. Lyra foi citado em delação de Mello como repassador de propina para políticos do PMDB, entre eles Renan.

Eduardo Cunha
Em um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar Cunha, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que aliados do presidente da Câmara afastado apresentaram mais de 30 requerimentos de convocação, solicitação de documentos e pedidos de auditorias em diversas comissões da Câmara, inclusive na CPI da Petrobras, para pressionar o grupo empresarial Schahin e beneficiar o doleiro Lucio Funaro.

Há suspeitas de que a JBS tenha pago propina, por meio de Funaro, para obter recursos do fundo de investimentos do FGTS, liberados por influência de Cleto.

Em sua delação premiada, Nelson Mello revelou um suposto repasse de propinas milionárias para senadores do PMDB, entre eles o presidente do Congresso, Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e Eduardo Braga (AM).

Ele afirmou em seu depoimento aos procuradores que pagou R$ 30 milhões a dois lobistas com trânsito no Congresso para efetuar os repasses.

Resposta
A JBS nega estar relacionada à operação da Polícia Federal que ocorre nesta sexta-feira, 1. Em um breve comunicado ao mercado, divulgado pela manhã na página da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia diz que “não é alvo e não está relacionada” com a operação, bem como seus executivos.

A Polícia Federal continua na sede do grupo J&F, que além da JBS é também controlador da Eldorado Brasil Celulose, e segundo a assessoria de imprensa, a ação acontece apenas nos escritórios da fabricante de celulose. Os policiais buscam documentos referentes ao Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS).

A J&F foi citada em delação premiada do ex-vice-presidente da Caixa, Fábio Cleto. De acordo com ele, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu propina em 12 operações de grupos empresariais que obtiveram aportes milionários do FI-FGTS.

Uma das propinas relatadas por Cleto refere-se à captação de recursos feita em 2012 pela Eldorado Brasil. O valor pleiteado inicialmente foi de R$ 1,8 bilhão para obras numa fábrica em Três Lagoas (MT), mas acabou reduzido para R$ 940 milhões. Nesse caso, Cleto disse acreditar que Cunha tenha recebido valor superior a 1% como comissão. (Com informações do G1 e do jornal Estado de S. Paulo)

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