“Obviamente, vou recorrer da decisão e não vou renunciar”, diz Cunha
Presidente da Câmara afastado pelo STF diz “estranhar” a decisão liminar e o julgamento no plenário da Corte
atualizado
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Pouco depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato parlamentar e, consequentemente, da presidência da Câmara, o peemedebista convocou a imprensa para anunciar que vai recorrer da decisão. Ele ainda disse que “não há chance de renunciar” ao mandato.
“A gente respeita a Suprema Corte do país. Porém, não posso deixar de contestar e estranhar. Obviamente, vou recorrer da decisão e contestar alguns pontos com muita veemencia”, disse.Eduardo Cunha disse ainda que é alvo de uma “retaliação” por ter se posicionado pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff. “Estou sofrendo e vou sofrer retaliação pelo processo de impeachment.”
“Estranhamento”
Cunha ainda “estranhou” a decisão do Supremo, uma vez que a liminar deferida pelo ministro Teori Zavascki nesta quinta-feira (5/5) estava nas mãos do magistrado há meses.
“Aqueles 11 fatos (apresentados por Teori ao deferir a liminar que pedia o afastamento de Cunha) são absolutamente contestáveis, e o mérito de cada ponto não foi debatido com todo o devido respeito ao contraditório”, afirmou o peemedebista.
A liminar que o afastou foi deferida na noite de quarta-feira (4) e divulgada na manhã desta quinta (5). À tarde, o plenário do STF referendou, por unanimidade, a decisão de Teori.