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Moro autoriza ida de Dirceu, com distúrbio de ansiedade, ao hospital

O ex-ministro da Casa Civil foi preso em 3 de agosto de 2015, em Brasília, na 17ª fase da Lava Jato, batizada de Pixuleco

atualizado

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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
José Dirceu
1 de 1 José Dirceu - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O juiz federal Sérgio Moro autorizou a ida do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula) a um hospital em Curitiba, base da Operação Lava Jato. A defesa de Dirceu havia informado ao magistrado que o ex-ministro “apresenta quadro de cefaleia há mais de 20 dias, hipertensão arterial de difícil controle, hipercolesterolemia e distúrbio de ansiedade”. A data da ida de Dirceu ao hospital deverá ser informada ao juiz da Lava Jato com antecedência mínima de três dias úteis para viabilizar a preparação da Polícia Federal.

José Dirceu foi preso em 3 de agosto de 2015, em Brasília, na 17ª fase da Lava Jato, batizada de Pixuleco. O ex-ministro está preso no Complexo Médico Penal, em Pinhas, região metropolitana de Curitiba.

“O peticionário, atualmente custodiado no Complexo Médico-Penal, é idoso com queixa de cefaleia, portador de hipertensão arterial de difícil controle, hipercolesterolemia e distúrbio de ansiedade, razão pela qual foi periodicamente submetido a exames e acompanhamento médico naquele estabelecimento, e faz uso de medicamentos controlados”, afirmou a defesa.

Internação hospitalar
A defesa do ex-ministro juntou aos autos relatório médico que pede a internação hospitalar de José Dirceu ‘para controle de pressão e realização de exames laboratoriais e de imagem em caráter de urgência’. Segundo a petição dos advogados Roberto Podval, Paula Moreira Indalecio Gambôa e Viviane Santana Jacob Raffaini, ‘recentemente José Dirceu recebeu seu médico particular para controle do seu estado de saúde e alteração de medicamentos, e na ocasião o profissional constatou a necessidade de realização de outros exames, por meio de aparelhagem não disponível naquele estabelecimento ou na unidade hospitalar pública’.

Ao autorizar a ida de Dirceu ao hospital, o juiz Moro afirmou que o ideal é que o ex-ministro “uma vez no ambiente hospital, realize uma bateria de exames destinada a aferir a causa e a real gravidade da sua situação de saúde”.

Inviável o deslocamento rotineiro do custodiado, com escolta, para a realização de exames de forma parcelada

Sérgio Moro

“Intime-se a Defesa para que, após contato com o médico pessoal de José Dirceu e com o(s) médico(s) responsável(is) pelo seu atendimento no Hospital Santa Cruz, informe a este Juízo possível data para a realização de bateria de exames no custodiado, preferencialmente no mesmo dia e à sua expensa. Havendo necessidade de internamento provisório respaldado por relatório médico, fica desde logo autorizado, sob escolta.”

Sérgio Moro determinou. “A data deverá ser informada a este Juízo com antecedência mínima de três dias úteis para viabilizar a preparação da Polícia Federal. Salvo evidentemente urgência. Informada a data, intime-se a Polícia Federal para as providências de deslocamento e escolta.”

Dirceu é acusado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A Procuradoria afirma que o ex-ministro recebeu, por meio de sua empresa de consultoria, a JD Assessoria, propina de empreiteiras contratadas pela Petrobras.

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