Ministros acertam demissão após impeachment de Dilma
A decisão foi tomada durante a reunião ministerial no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (11/5). Os ministros irão assinar a demissão na quinta-feira (12/5)
atualizado
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À exceção dos ministros do Banco Central, Alexandre Tombini, e do interino dos Esportes, Ricardo Laser, todos os integrantes do primeiro escalão do governo da presidente Dilma Rousseff vão pedir demissão, assim que houver a decisão do plenário do Senado sobre o processo de impeachment contra ela, considerado irreversível.
A presidente Dilma assinará as demissões assim que for notificada pelo Senado, o que está previsto para acontecer na quinta-feira, 12, caso seja aprovado o seu afastamento. Uma edição extra do Diário Oficial será publicada com as demissões.
A decisão foi discutida durante a reunião ministerial realizada nesta quarta-feira (11/5), no Palácio do Planalto, sob o comando dos ministros do Gabinete Pessoal da Presidência, Jaques Wagner, e da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini. A equipe de Dilma não irá fazer transição para o vice-presidente Michel Temer.
A ordem da presidente Dilma, que não participou da reunião com os ministros, e permaneceu no Palácio da Alvorada, é de manter Alexandre Tombini para evitar qualquer tipo de turbulência econômica, para evitar causar mais problemas nesta área para o País. Da mesma forma, o ministro dos Esportes interino fica no cargo, pelo menos por enquanto, por conta da realização das Olimpíadas.
Este Diário Oficial extra vai publicar ainda a demissão dos secretários executivos dos Ministérios. Mas em alguns casos, como da Fazenda, eles permanecem em seus postos, também com objetivo de manter estabilidade do mercado.
O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, foi quem sugeriu, na reunião que algumas pessoas fossem mantidas estrategicamente nos cargos em razão de suas funções, muito específicas. É o caso do Secretário-Geral do Ministério da Defesa, que é um caso especial Em cada ministério será mantido um funcionário para repassar informações técnicas e administrativas à equipe de Temer, mas não necessariamente será o secretário-executivo.
Dilma não fará transição, como antecipou o jornal O Estado de S. Paulo, por considerar que é vítima de um golpe. Mas todas as informações técnicas e administrativas estão sendo preparadas para serem repassadas, para evitar que o governo petista seja acusado de que esteja fazendo boicote.
Todos os ministros e secretários foram a orientados a deixar seus telefones e contatos atualizados no Planalto. Novas instruções serão repassadas aos ministros na quinta-feira. Também no mesmo dia, caso a presidente seja afastada, ela vai fazer uma declaração à imprensa, não se sabe ainda a que horas. Neste momento, a ideia é que todos os ministros de seu governo a acompanhem nesta declaração.