Michel Temer prepara governo sem mulheres nas chefias dos ministérios
Presidente interino prevê cortar dez dos 32 ministérios existentes para reduzir os gastos do governo
atualizado
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O governo de Michel Temer, que será anunciado ainda nesta quinta-feira (12/5), não deverá contar com mulheres na chefia dos ministérios. Ao contrário de Dilma Rousseff, que assumiu o Planalto e fez questão de evidenciar uma maior participação feminino no poder, com a nomeação de nomes como o de Tereza Campello (Desenvolvimento Social), Helena Chagas (Comunicação Social) e Ana de Hollanda (Cultura), o pemedebista parece que manterá apenas homens no primeiro escalão. É a primeira vez que isso acontece desde o governo do militar Ernesto Geisel, em 1974.
Com o afastamento da presidente petista, Temer prevê cortar dez dos 32 ministérios existentes para reduzir os gastos do governo. Para assumir as pastas remanescentes, já existe uma extensa lista de nomes. Confira os nomes mais cotados:
- Henrique Meirelles – Fazenda
- Romero Jucá – Planejamento
- Eliseu Padilha – Casa Civil
- Ricardo Barros – Saúde
- José Serra – Relações Exteriores
- Bruno Araújo – Cidades
- Gilberto Kassab – Comunicações, Ciência e Tecnologia
- Osmar Terra – Ministério Social
- Sarney Filho – Meio Ambiente
- Blairo Maggi – Agricultura
- Gedel Vieira Lima – Secretaria de Governo
- Alexandre de Moraes – Justiça
- Maurício Quintella – Transportes
- Mendonça Filho – Educação
- Moreira Franco – Secretária de Concessões e Infraestrutura
- Maurício Lessa – Transportes
- Henrique Eduardo Alves – Ministério do Turismo
- Leonardo Picciani – Ministério do Esporte
- Ronaldo Nogueira – Ministério do Trabalho
Temer passou a quarta-feira (11/5) reunido com assessores, conselheiros e parlamentares ajustando os detalhes do pronunciamento que deverá fazer nesta quinta, após a notificação do afastamento da presidente Dilma Rousseff pelo Senado. O plenário da Casa encerrou no início da manhã a votação do parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) pela admissibilidade do impeachment com base nas pedaladas fiscais (manobras contábeis condenadas pelo Tribunal de Contas da União) e nos decretos de crédito suplementar sem aprovação do Congresso.
Foram 55 votos a favor do afastamento, 22 contra e três ausências. Era necessária maioria simples, 41 votos, para aprovar a admissibilidade do processo e afastar a presidente. Ao final do processo, são necessários dois terços dos votos, ou 54, para confirmar a saída da petista. (com Agência Estado)