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Michel Temer cancela presença em evento polêmico em Lisboa

De acordo com jornal português, a solenidade tem sido tratada como “uma espécie de governo brasileiro no exílio”. O presidente de Portugal faria discurso no evento, mas talvez a participação dele seja cancelada

atualizado

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José Cruz/Agência Brasil
Michel Temer
1 de 1 Michel Temer - Foto: José Cruz/Agência Brasil

O jornal português Público destacou nesta quarta-feira (23/3), que o evento que está sendo organizado por um instituto ligado ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e que vai reunir os principais nomes da oposição brasileira em Lisboa está “assustando” os políticos locais. Por conta da polêmica, o vice-presidente Michel Temer cancelou a participação na sonelidade.

O jornal destaca que o fato de a maioria dos convidados para o IV Seminário Luso-Brasileiro de Direito serem nomes que são a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff está colocando em dúvida a participação do presidente de Portugal, Marcelo Rabelo de Souza, que faria o discurso de encerramento do evento.

O seminário acontece entre os dias 29 e 31 de março e está sendo organizado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), em parceria com a Universidade de Lisboa.

“Governo no exílio”
Do lado brasileiro, além do próprio Gilmar, estão confirmadas as presenças dos senadores tucanos Aécio Neves (MG) e José Serra (SP). O Público diz que o evento tem sido tratado em Portugal como “uma espécie de governo brasileiro no exílio” e destaca a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que afirma que o encontro tem sido visto por aliados de Dilma como o “prenúncio do arranjo político para derrubar a presidente”.

O jornal português destaca que Gilmar foi o ministro do Supremo responsável por suspender a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil.

A reportagem diz ainda que a data do seminário coincide com o prazo para a direção nacional do PMDB tomar uma decisão final sobre se desembarca do governo Dilma. Além disso, lembra que no dia 31 de março completam 52 anos do golpe militar que depôs o presidente João Goulart e instaurou a ditadura militar no Brasil

Procurada, a assessoria de comunicação do IDP afirmou que o presidente de Portugal foi convidado, mas ainda não confirmou a sua presença. O nome dele, porém, está anunciado na programação oficial do seminário.

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