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Mesmo após debandada do PMDB, Paes diz conversar com qualquer governo

O prefeito do Rio de Janeiro também afirmou que “Dilma foi eleita até 2018” e que analisar o cenário nacional não ajuda em nada

atualizado

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Beth Santos/ PCRJ
eduardo paes
1 de 1 eduardo paes - Foto: Beth Santos/ PCRJ

No dia seguinte ao rompimento do PMDB com o governo, o prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes disse que manterá um bom relacionamento com o presidente da República, “seja quem for”. Paes afirmou que a presidente Dilma Rousseff “foi eleita até 2018” e não quis analisar o cenário nacional. “Não ajuda em nada”, justificou.

“Não há santo que me faça deixar de dialogar com qualquer governo, seja da presidente Dilma, seja de quem for. Aliás, é o conselho que dou todo dia ao Pedro Paulo (candidato do PMDB à sucessão de Paes): independentemente de quem for o presidente, se dê bem. Deve ser a presidente Dilma, ela está aí, foi eleita até 2018. Prefeito não tem que ser situação nem oposição. Prefeito é prefeito”, disse.

Paes afirmou que, sempre que necessário, continuará a tratar dos temas do Rio com Dilma. “Não estou em corrente nenhuma. Respeito a decisão do partido, mas sou prefeito. A cidade tem 6,5 milhões de habitantes, toda complexidade do mundo, uma Olimpíada para fazer”, declarou o prefeito em entrevista, depois de inaugurar uma Clínica da Família na zona oeste da capital.

Embora faça parte do diretório nacional do PMDB, Paes não foi à reunião que aprovou o rompimento. Já Pedro Paulo, secretário municipal de Coordenação de Governo e principal auxiliar do prefeito, esteve em Brasília, ao lado do presidente do PMDB, Jorge Picciani, que defende o rompimento por considerar que Dilma “não tem condições de criar consenso mínimo” para enfrentar a crise nacional.

Nos bastidores, Paes e seus principais secretários dizem que a paralisia do País afasta ainda mais o governo federal da organização da Olimpíada, que acontece em agosto.

Eles lembram, porém, que mesmo antes de a crise se aprofundar, a interlocução com ministros era irregular e pouco produtiva. O prefeito optou por pagar com recursos municipais gastos que cabem à União e cobrar ressarcimento aos poucos. Questionado sobre a indefinição em ministérios importantes para a Olimpíada, como Esportes e Casa Civil, um auxiliar de Paes comentou: “quando tinha ministro não era muito diferente”.

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